A moça do necrotério.

15

Melina

Olho pro espelho. Olivia me ajudou com a maquiagem. É brilhante. O gloss termina o serviço. Ela trouxe várias opções mas opito pelo da cor marrom. Deixo meus fios ondulados e azuis soltos. O vestido caiu bem.

- você está magnífica. - a senhora diz sorridente.

- obrigada. - sorrio com vergonha.

Caminho até a saída do quarto. Cristian está esperando lá embaixo. Tento não lembrar dos acontecimentos da noite passada. Por pura vergonha.

Desço os degrais devagar usando o salto que ganhei. Ele usa um terno verde musgo. Seu cabelo está penteado para trás e quando me vê ele dá um sorriso torto e vejo suas pupilas dilatar. Ele está quente...

- pronta? - ele diz indo até mim.

Seu perfume amadeirado e forte invade meu nariz. É bom.

- claro. - dou uma piscadela.

- você está incrivelmente linda Melina. - sorrio.

- você também não está nada mal. - dou de ombros.

O homem coloca a mão em minhas costas me guiando até a saída. Meu coração bate acelerado. É hoje. Eu vou embora...
Os Portões brancos e grandes se abrem. Os homens que antes observavam a casa estão do lado de fora.

- eu preciso de apenas três carros. 4 fazendo guarda do lado, um na frente e outro atrás. Vocês decidem quem vem comigo. - Cristian dá a ordem.

Ele caminha até uma porshe preta e abre a porta do passageiro ao lado do motorista pra mim. Dessa vez ele que vai dirigir aparentemente. Estou nervosa.

- Primeiro as damas. - Cristian diz, eu entro no carro devagar pra não mostrar tudo.

A uma abertura lateral que expõe minha coxa assim que me sento no banco. Cristian vai até o outro lado do carro abrindo a porta e entrando. Já dentro do carro ele me encara tenso, seus olhos dessem até minha coxa mas logo ele volta a encarar o volante. Pegando as chaves no bolso e dando partida.

- não tem música? - quebro o silêncio sepucal.

- deve ter algo. - ele aperta um botão no painel.

E logo em seguida começo a ouvir Chase Atlantic - friends.

- você curte essa banda? - sorrio de leve.

- bem...sim. - ele aperta o volante derrepente.

- eu também. - encaro o vidro.

Lá fora a muitas árvores. A lua está começando a aparecer. Mas ainda duvido de mim mesma...depois que eu fugir...para onde irei?

~

Chegamos no local 1 hora depois. Um casarão inorme e rústico. A cerca de 40 carros ou mais estacionados em volta. Quando saímos do carro Cristian pucha meu braço.

- não fique longe. Eles não vão tentar fazer nada na minha frente...mas é sempre melhor prevenir. - Suas mãos dessem pra minha mão.

O contato repentino faz meu coração acelerar sem querer.

- tudo bem. - minto.

Ele não solta minha mão, quando entramos na casa somos recebidos por vários olhares com curiosidade. A vários homens e mulheres de terno e vestido caros. Um deles vem em nossa direção e a mão de Cristian muda para mina cintura, me puchando contra ele.

- Olá mi amigo. - o homem estende a mão para Cristian e me lança um olhar desconcertado.

- olá Rich. - Cristian o comprimenta com a sua outra mão. Não me soltando ainda.

- vamos até para a mesa. Junte-se a nós. - o homem não faz perguntas sobre mim. E nem me encara por mais de alguns segundos.

Seja lá o que Cristian esteja fazendo está funcionando.

- podem ficar a vontade. - ele nos encaminha a uma sala escura e privada. Uma mesa na frente e um tipo de sofá pequeno em volta. A um casal do outro lado da mesa.

- você não avisou que ela viria. Não acabei por agendar um lugar.

Ele me conhece...?

- sem problemas. Você é meu amigo. - Cristian dá um sorriso descreto e o homem arqueia as sombracelhas em divertimento.

Eles parecem ter algum tipo de amizade. Rich parece ser alguém confiável. Ele some saindo da sala.

- sente-se no meu colo. Os lugares são agendandos. - Cristian sussurra.

- suspeito que você fez de propósito? - o encaro em especulação.

- Quem sabe? Mas se não quiser eu posso ficar em pé. - ele dá a outra ideia.

- tudo bem. Afinal você me trouxe até aqui. - ele se senta no pequeno sofá único.

E eu acabo por me sentar em seu colo. Tento ficar parada o máximo que consigo apesar do meu desconforto. Meu vestido mostra cada vez mais da minha coxa.

- não vamos demorar blueberry. - a voz de Cristian ecoa em meus ouvidos.

Ele deixa um beijo em meus ombros. Um gesto olhando por fora não é tão simples mas para mim carrega significados vastos.

~

Votem! Bjss

Lá vem treta.