Capítulo 3

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*Tocar na playlist :"Se eu engravidar, a culpa é sua" do DJ Gabriel do Borel e Mc Lucy

Como os resultados da U.A. só sairiam em fevereiro, decidi tirar férias do Japão e ir ao Brasil. Por ser brasileira e ter sido adotada por uma família japonesa, meu pai acredita que é bom e saudável para mim visitar o Brasil sempre que possível, para manter o contato com minha cultura de origem. Sempre que vou ao Brasil, tento buscar na memória algo sobre meus pais e minha família, mas nunca consigo encontrá-los. Nunca senti raiva deles nem me senti abandonada, pois quando fui para o Japão, fui manipulada e enganada por alguém. A culpa não era deles; a culpa era e é minha. Ignorando essa parte triste, amo demais vir ao Brasil. Adoro suas paisagens, suas músicas, suas festas e seu espírito acolhedor. Mesmo sendo um pouco difícil de lidar às vezes, acho que meu jeito carismático vem daqui, o famoso jeitinho brasileiro.

Quando estou aqui, sempre tento me atualizar sobre as novidades: os bailes, as músicas, as notícias, a moda. E, sendo bem sincera, amo o estilo "sport life" que tem aqui; realmente me interesso por esse estilo e tento me vestir de forma parecida no Japão, o que gera alguns olhares, mas já recebi muitos elogios por isso.

Por ser final de ano, tudo estava uma loucura: eleições presidenciais no próximo ano, músicas de carnaval já viralizando, e confesso que minha favorita é "Se eu engravidar, a culpa é sua" do DJ Gabriel do Borel e Mc Lucy. Resolvi ficar em São Paulo para aproveitar os bailes funk daqui, mas planejo que minha próxima visita seja para a Bahia, para aproveitar o pagode baiano e desenvolver meu molho.

No hotel, comi dois pães na chapa e um achocolatado. Mesmo com preguiça, saí do hotel porque queria aproveitar ao máximo essa viagem. Passei pela Av. Paulista e procurei algo interessante. Fui ao MASP e ao IMS; as exposições eram muito legais e interessantes, especialmente a do artista Walter Firmo, que mostrava a cultura negra no Brasil em suas fotografias.



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Depois das minhas férias no Brasil, chegou o resultado da U.A. Eu estava muito nervosa, não só pela fama da escola, mas também pela fama do meu pai, minha relação com ele dentro da escola e minha origem brasileira. Sei que os japoneses não têm muito conhecimento sobre o Brasil, e os comentários que ouvi eram realmente ignorantes. No entanto, também estava muito ansiosa para conhecer meus colegas de sala e meu professor, pois meu pai não quis me dar spoilers sobre as aulas. Aquele famoso sentimento de primeiro dia de aula.


Acordei muito cedo; como já tinha preparado minhas coisas no dia anterior, só precisei me arrumar. Fiz um coque relaxado e peguei meu copo do Starbucks. Na verdade, fiz um penteado de rabo de cavalo e tomei café da manhã normalmente. Meu pai também estava acordado e saiu comigo; para não gerar suspeitas, acabamos nos desencontrando no meio do caminho.


Quando cheguei ao campus, vi alguns alunos entrando e reconheci alguns do exame prático de admissão. Vi um garoto loiro, um garoto de cabelo verde, uma menina com aparência de sapo, um cara com turbinas nas panturrilhas e um que parecia um pássaro. Confesso que esse último me fez rir bastante, mas deve ser uma individualidade muito interessante de se ter.


Ao chegar na sala 1A, fui recebida com alegria por um garoto chamado Kirishima, que tem cabelo espetado e vermelho. Achei isso muito legal e similar ao Crimson Riot. Pergunto-me a que horas ele acordou para estar aqui tão cedo. Também conheci dois garotos, um chamado Denki e outro chamado Sero; foram muito gentis comigo. Conforme o pessoal foi se reunindo na escola, percebi que muitos dos alunos que vi na entrada do campus eram da minha sala.


Antes do professor chegar, todos estavam conversando e se apresentando, exceto o Shoto e o garoto loiro que mencionei antes. Como não queria deixar o Shoto de lado, puxei-o para se apresentar e conversar com as outras pessoas, tentando integrá-lo ao grupo.


Quando nosso professor chegou, fiquei um pouco constrangida, já que meu pai e o Aizawa não são muito próximos e gentis um com o outro. Espero que ele não desconta em mim o descontentamento com meu pai. Ele deu as ordens para nos vestirmos para o treino. Os outros ficaram decepcionados por não haver uma cerimônia de abertura, mas acho que, se queremos nos tornar os melhores heróis possíveis, não podemos perder tempo!

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⏰ Última atualização: Aug 10 ⏰

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