Uma semana juntos

02.

── Oii amiga! ── Bella me abraça.

── Oii gata! ── Sarah me abraça.

── Oi gente! ── dou um sorriso.

── Oi Rachel, tudo bem? ── Ben me abraça.

── Tudo bem sim.

── Eai Rachel, a Amber liberou o apê? ── Chris só me olha e dá um sorriso.

── Acho que ela não tá sabendo. ── olho pro Andrew.

── Eai cara! ── Andrew sorri e os meninos vão até ele na varanda.

── Eai... ── Bella sorri pra mim.

── Que foi?

── Tudo bem entre vocês dois...

── Gente vou colocar o frango no forno! ── Sarah vai pra cozinha.

── Eai! ── Bella me encara.

── É, de boa.

── Legal, hoje vamos ter uma chance de conversar e aproveitar.

── Legal. ── dou um sorriso meio forçado e abro uma lata de coca.

── Mas ele disse que ia trazer uma pessoa. Eu imaginei que ia ser alguma das amiguinhas dele.

── Bom, não tem ninguém.

── Melhor assim! ── Bella dá um sorriso e me abraça de lado. ── Andrew abre o vinho pra gente! ── ela grita.

── Claro. ── Andrew abre o vinho e serve as taças.

── Eu quero é cerveja. ── Chris grita.

── Como é uma reunião com velhos amigos vinho é mais a cara né. ── Sarah sorri e nós sentamos no sofá. ── Vamo brindar gente!

Eu brindo com refrigerante enquanto o resto bebe vinho, inclusive o Andrew.

Encaro ele e ele só disfarça olhando pro lado e sorrindo pro Ben.

Ok. Que mentiroso filho da-

── Vou colocar uma música bem vibes pra gente curtir. ── Bella liga o som.

── Eu vou ao banheiro. ── entro no banheiro do meu quarto e começa a vir vários pensamentos e lembranças na cabeça.

"Você é um inútil Edward! Eu odeio ter conhecido você, e ainda ter engravidado de você!"

"Mas eu te amo Amélie, você que é uma louca!"

"Eu vou embora e nunca mais quero te ver, cuida você dessa criança inútil que é igual a você."

E assim a minha mãe saiu de casa quando eu tinha 9 anos. Ela era uma bêbada maluca.
Desde então o meu pai só bebia, mas pelo menos ele não surtava como a minha mãe, ele apenas se distanciava cada vez mais de mim.

Não lembrava a última vez que a gente tinha se divertido juntos antes dele morrer, eu vivia praticamente sozinha enquanto ele vegetava no sofá com uma garrafa de whisky.
Trabalhei desde os 12, vendendo balas na rua.
Com 14 de garçonete. Mas não por muito tempo, os caras viviam me assediando.
Com 16 eu tava trabalhando em um mercadinho. Mas também não durou, o dono era insuportável.
E quando eu estava fazendo 17 o meu pai veio a falecer. Não acreditei que minha mãe me levou pra morar com ela. Ela me tratou bem por dois meses, parecia até outra pessoa.
Mas depois voltou a ser a pior versão dela.

"Sua ingrata, se não fosse por mim você estava na rua!"

"Era melhor do que morar aqui com você!"

"Fica quieta menina! Eu mando nessa casa, eu trabalho pra pagar o aluguel, e você? Você não faz nada!"