[CONCLUÍDA]Vidigal, Rio de Janeiro🇧🇷
Rafael Castro Alencar, é o verdadeiro estereótipo de "playboy", é herdeiro e empresário na zona Sul do Rio de Janeiro, um rapaz elegante que nunca pisou em um morro e nunca falou uma gíria perto dos pais. Mas a...
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Coração Radiante. 🌴🇧🇷🌊
— Não brinca com a filha dos outros porque você pode ter filha mulher — Mau Mau cantarola no meu ouvido e eu ameaço bater nele.
— Otário, eu to quase surtando e você brincando!
Era quinta feira, ontem depois que eu cheguei eu precisei falar com a Brendha, eu queria saber do bebê, queria saber se era ela, ou ele, queria saber se ela havia cuidado da saúde e não tinha prejudicado o neném, além de que não poderia adiar essa conversa por mais tempo.
— Brendha...— eu bati na porta do quarto e logo em seguida entrei, vendo ela sentada na cama, mexendo no celular.
A barriga dela estava bem grande e redonda, e nem o blusão que ela usava, conseguia esconder ou disfarçar a elevação na barriga.
Ela me olhou com os olhos cansados, as olheiras estavam fundas, devia ser realmente difícil dormir com uma barriga daquele tamanho.
Querendo ou não, eu e ela estávamos no mesmo barco, nós dois estávamos sendo pais de primeira viagem, e eu ainda tinha a sorte de não estar carregando o bebê.
Só queria saber como que ela não suspeitou disso a mais tempo, por mais que ela tivesse acabado de entrar no sétimo mês, ela já devia ter tido algum sintoma muito antes, e como que ela não associou o tamanho da barriga com uma gravidez?!
— Como...como está o bebê?
— Estamos bem, sua mãe tem me ajudado bastante desde...desde que tudo aconteceu — Ela acariciava a própria barriga.
— Eu- eu sinto muito — me desculpo por não ter sido homem e ter resolvido as coisas no dia, ou no dia seguinte.
— Tá tudo bem, eu também não queria ser mãe.
— Você...você pensou em não ter o bebê? — quase entrei em desespero com a possível menção de um aborto. Eu não queria ser pai antes, mas agora imaginar minha vida sem aquele bebe parecia uma realidade ainda pior.
— Eu não tive opção, eu descobri já era muito tarde — ela não falava como se amasse a criança, e querendo ou não, aquilo doeu.
— Esse final de semana eu recebo e então eu posso ir comprar as coisas pro bebê, acho melhor você ficar, deve ser ruim andar com essa barriga, mas me passa uma lista do que precisa que eu compro.
— Mas final de semana não é dia de pagamento — ela sabia como era já que eu trampava de Uber quando ainda namorava com ela.
— O estúdio vai pagar uma graninha pela música que eu gravei.
— Virou MC? — ela perguntou com ironia e eu respirei fundo.
