[CONCLUÍDA] Vidigal, Rio de Janeiro🇧🇷
Rafael Castro Alencar, é o verdadeiro estereótipo de "playboy", é herdeiro e empresário na zona Sul do Rio de Janeiro, um rapaz elegante que nunca pisou em um morro e nunca falou uma gíria perto dos pais. Mas...
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Poesia Acústica 9 - Melhor forma 🌴🇧🇷🌊
Depois de ontem, lá no dia da gravação da Vents, quando eu fui cuzão com todo mundo e fui embora e o os caralho, o playboy mandou mensagem, pediu o obrigado por eu ter chamado, por ter deixado chamar os amigos japa dele, ele puxou uns assuntos e tals...
Mas eu não respondi.
Sei lá viado, parecia que tava tendo uma briga dentro de mim, tá ligado? Eu não sabia o que me enchia tanto o saco, não sabia se eu estava bravo, chateado, sei lá, só tava um porre guardar tudo aquilo pra mim. Desde que eu conheci o Rafael, depois da nossa briga de soco, hoje foi a primeira vez que eu fiquei bravo com ele.
E era exatamente esse o problema, bravo com o que? O playboy não me deve porra nenhuma – até porquê ele já pagou o conserto do meu carro – então o que caralhos tava acontecendo? Eu não tava bravo, tipo, não de verdade, só não tava feliz, e essa coisa que não me deixava feliz envolvia o playboy.
Tomar no cu.
Tava tudo tão complicado desde que eu conheci o Rafael, não financeiramente falando, ou de um jeito ruim – por mais que eu tenha falado de uma forma ruim – mas tipo, meu carro já consertou, o restaurante tava ficando mais movimentado e depois daquele vídeo da Vents, eu comecei a colar mais nas batalha de rap e felizmente tava conseguindo fazer um dinheirinho na internet. Tava tudo complicado era dentro da minha cabeça.
Eu nunca fui de me abalar muito fácil, ou de deixar o que acontece na minha vida atrapalhar no meu dia a dia, sacas? Só que, porra, eu tive um puta término com a Brendha, levei um puta de um chifre, uma puta rejeição de um pedido falho de casamento, passei uma noite na delegacia e um playboy, coreano, japonês, rico, com o sorriso mais fodidamente lindo que eu já vi no mundo aparece na minha vida.
Esse era o problema, toda vez que eu pensava no Rafael eu voltava a lembrar da primeira vez em que nos vimos, por mais que não tenha sido no melhor momento, ele ter me chamado de corno, eu ter praticamente chorado e depois ter batido nele, pra mim parece ter sido o melhor momento possível, o momento exato.
Quando ele jogou meu carro nas pedras – desgraçado – e a gente começou a brigar, eu achei que desabafar um pouquinho do meu dia difícil não fosse dar em porra nenhuma, que eu só ia falar dos meus problemas pra um estranho, que eu ia tirar aquele maldito peso das costas e depois ia ir embora e nunca mais ver o maldito mimadinho que me deixou no prejuízo. Eu nunca ia imaginar que a gente te ia cair no soco, que eu ia passar uma noite na delegacia e principalmente que o playboyzinho que quase causou um acidente por conta de sua impaciência agora estaria tão presente na minha vida.
Presente até de mais.
Eu também nunca ia imaginar o estrago que ele fez na minha vida logo de cara.