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03. ── Capítulo três O descanso dos justos
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Paul estava bravo. Furioso seria o termo adequado, principalmente quando sua reunião com seus aliados fora interrompida por um dos guardas que estava encarregado de vigiar as saídas do palácio entrar no salão onde estava e lhe informar que sua esposa, juntamente com a ex-mentat da família Corrino e Faruk haviam saído do palácio para visitar as refinarias de especiaria.
Deus sabia o quão forte era sua vontade de simplesmente se levantar e quebrar a prancheta em sua mão na mesa ou gritar obscenidades aos quatro ventos como uma fera enlouquecida, mas decidiu ir pelo caminho do bom senso e se controlar, mesmo sendo estritamente difícil, principalmente quando as risadinhas de Alia encheram o ambiente, com as reprimendas de Harah logo seguindo-se.
Não que Paul se importasse com as forças que sua esposa arranjava para distrair-se, não era de sua conta e nem de seu interesse, mas ir em um lugar que ele lembrava-se de dizer no passado estritamente para ela não ir, era um desrespeito sem tamanho. Em sua percepção, era muito perigoso que a visita de Nuria em lugares tão estratégicos, especialmente quando havia centenas de Sardaukar trabalhando em um dos andares subterrâneos mais baixos da usina, aqueles cães poderiam fazer uma revolta com uma simples palavra da imperatriz, algo seria complicado de abafar, os Fremen poderia ser exímios guerreiros, mas muitos cairiam se tal insurgência se levantasse, o império estaria abalado e seus inimigos poderiam enfim agir.
