ACUSAÇÃO

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O quê?! – Draco soltou exasperado. O som da cobra foi tão alto que Minerva e Kingsley olharam diretamente para ele, assim como Hermione e Ron. Harry colocou uma mão sobre onde o rosto de Draco estava, agradecendo pelo tecido de roupa entre eles porque suas palmas estavam suando frio.

– O quê? Por quê ela faria essa acusação? – Harry disse, tentando manter sua voz calma. Mas o que quer que estivesse acontecendo com seu rosto deve tê-lo entregue, porque os lábios de Minerva viraram uma fina linha.

– Ela clama que foi o herdeiro Malfoy que a aprisionou, e que antes disso era uma espécie de criatura alongada terrível. – Kingsley disse, erguendo uma das sobrancelhas grossas.

– Todos vocês, para a sala do diretor, agora. Senhorita Parkinson, como você é uma das amigas mais próximas de Draco eu espero que voc- – Minerva começou a dizer, mas quando olhou de volta para onde Pansy estava a pouco, percebeu que o lugar tinha sido abandonado. Dando um suspiro profundo, Minerva agitou suas mãos. – Vamos, rápido!

– Mas professora, eu não almocei, e temos treino de quadribol-

– Deveria ter chegado no horário então, senhor Potter, a acusação é urgente demais para adiar.

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– Sirius! – Harry gritou, assim que entraram na sala de Dumbledore.

O homem de longos cabelos e figura esguia parecia estar tendo uma discussão séria com o diretor pouco antes de todos chegarem, mas sua expressão se atenuou imediatamente quando ouviu a voz do afilhado. Eles se abraçaram assim que o espaço entre eles foi cortado, um abraço forte e íntimo, mesmo que Harry estivesse tomando cuidado para não esmagar Draco no processo.

– Sirius, não deveria estar aqui, é perigoso! – Hermione imediatamente repreendeu, embora sua voz também contesse afeição.

– Ora, Hermione, não seja igual a Molly. Eu sei o que estou fazendo. Códigos podem ser decifrados então cartas são perigosas, além disso eu nunca ficaria quieto sabendo do que estão acusando Harry. – Sirius disse, se soltando do abraço e sorrindo para o menor. Mas então ele lançou um olhar venenoso para Dumbledore. – De novo.

– Certamente, você não acredita que é culpa nossa, acredita? – Minerva perguntou em choque, os olhos dela arregalando.

– Eu mando meu afilhado para cá porque a escola promete protegê-lo, McGonnall, mas não é isso o que está acontecendo, não é? – Sirius perguntou, e apesar da voz irritada, ele parecia relaxar com a presença da mulher, mas com ironia continuou. – Perdão por ficar incomodado.

– Faremos todo o possível para garantir a segurança de Harry, isso inclui não o deixar nas mãos de alguém que não pode dar um passo para fora de casa sem ser preso. – Dumbledore disse, e o que quer que a discussão deles tenha sido, Harry percebeu que deveria ser bastante pesada para o diretor o atacar assim.

Sirius estava preparado para contradizer Dumbledore, mas Harry estava cansado de ter que ouvir discussão atrás de discussão, ele precisava de calma e alguém para o assegurar que tudo iria ficar bem, por isso chamou a atenção do padrinho de novo.

– É muito bom te ver. – Harry disse, com um sorriso alegre.

E realmente, com Sirius ali seu nervosismo parecia ter praticamente evaporado.

– Harry, é verdade que você está acompanhado de um animago não registrado, e que esse mesmo animago é Draco Malfoy? – Dumbledore perguntou, direto, sua voz sem qualquer sinal de emoção e o olhar sem se dirigir a Harry.

Toda Cobra Troca de PeleOnde histórias criam vida. Descubra agora