ᰔ ˖ 𝗢𝗡𝗘𝗦𝗛𝗢𝗧 ─ Intak, apesar de uma vida dedicada ao trabalho, sente um vazio constante que ele acredita ser causado por alguém que ainda não encontrou. Após anos de mudanças e buscas, ele finalmente encontra essa pessoa, completando o laço i...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
O laço vermelho, invisível a olho nu, se estendia por uma distância impressionante. Era tão longo que parecia quase impossível encontrar a outra ponta. Enrolava-se de forma desordenada, mas nunca se rompia, tão forte quanto o titânio.
O jovem Intak caminhava apressadamente pelas ruas, atrasado para mais um dia de rotina. Seus passos rápidos não lhe davam tempo para observar as pessoas ao seu redor.
Sempre dedicado ao trabalho, Intak esforçava-se para dar o melhor de si naquilo que havia conquistado com tanto empenho. No entanto, apesar de sua dedicação, sentia uma tristeza constante, um vazio profundo. Inicialmente, acreditava que essa sensação vinha da falta de tempo para o lazer, mas, com o passar dos anos, percebeu que não era algo ausente em sua vida, mas alguém.
A monotonia dos dias trazia consigo um vazio que tinha o tamanho e a forma de uma pessoa. Intak não sabia quem essa pessoa era, mas sempre teve a sensação de que ela existia e que, talvez, um dia a encontraria. Ele não sabia onde ou quando, mas a chama da esperança ardia em seu coração.
O tempo passou, ciclos se encerraram e novos começaram. Intak mudou de casa, de bairro, de cidade, até de número de telefone. Seu estilo de roupa tornou-se mais sofisticado, seus artistas favoritos mudaram, e seu cabelo, agora mais curto. O laço continuava a se estender e a se emaranhar, mas nunca se rompia.
Anos se passaram, pessoas iam e vinham, casas foram substituídas por prédios, relacionamentos começaram e terminaram, vidas nasceram e morreram, novos lugares foram inaugurados. E o laço, embora se encurtasse e se enroscasse cada vez mais, jamais se rompia.
Intak agora caminhava lentamente entre as pessoas, todas ocupadas com suas próprias vidas e afazeres. Seus passos eram calmos, e ele observava cada rosto que passava por ele. O laço vermelho se encurtava cada vez mais, guiando-o, pouco a pouco, em direção ao seu destino.
Então, as almas se encontraram. Primeiro os olhares, e o universo parou para assistir. Aquele encontro trouxe consigo memórias e experiências profundas, marcas de outras vidas. As almas se comunicaram em uma frequência extraordinária, corações se preencheram e sorrisos surgiram, trazendo a certeza de que estavam no lugar certo, na hora certa. Após tantos anos, ali estavam as almas que sempre estiveram destinadas a se encontrar.
A outra ponta do laço agora estava ali, mesmo que invisível a olho nu, amarrada ao dedo de alguém – alguém que Intak sempre procurou, alguém que preenchia perfeitamente o vazio em seu coração.
