Sentimentos a flor da pele

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Por muito tempo consegui adiar minha entrada para o exército - sendo obrigatório para homens entre dezoito e  vinte e oito anos sul-coreanos.

Não tem como evitar, é uma regra e exigência do governo que todos devem cumprir.

Hoje é o dia, e irei passar os próximos dezoito meses servindo o meu país.

Todos se despedem dos seus appa, omma e hyungs - uns com famílias grandes, outros com famílias pequenas.

Estou apenas com o meu appa, confesso que me causou uma certa tristeza, porque perdi minha omma quando tinha apenas três anos de idade para um câncer de estômago que ceifou sua vida.

Não lembro muito bem dela, a conheço apenas por fotos e histórias que são contadas para mim - appa diz que me pareço muito com ela em vários aspectos.

Sou filho único, por isso não tenho irmãos, restando apenas ele e eu.

Passei meus olhos em todos que estavam ali com suas famílias, mas um em específico me chamou atenção.

Trata-se de um garoto, que se despedia de seus pais, e chorava muito juntamente com sua omma, que não queria largar o filho sendo amparada pelo marido.

Não havia outra pessoa com eles além dos três.

Parecia cena de filme, onde o filho vai preso por algum crime que não cometeu e que estava sendo obrigado a se separar dos pais.

Era comovente, mas um pouco exagerado, afinal seria apenas dezoito meses longe, sendo que feriados e folgas poderia visitá-los.

Sempre fui próximo do meu appa, mas naquele momento, em meio a multidões, tentávamos transparecer apenas um appa e um filho que estavam se despedindo, nada mais.

Ele acariciava minha cabeça e me dizia palavras de conforto, e no final um abraço bem apertado, mas tudo muito discreto.

Já teve seu tempo no exército e sabe o que vou enfrentar, então estava me dando algumas dicas de como passar aquele tempo - ele sempre foi muito sábio em tudo que me aconselhava, e eu seguia a risco tudo que ouvia dele.

Passaram quatro meses desde a minha entrada para o serviço militar e estou compartilhando o alojamento com aquele garoto que vi na entrada do quartel.

Ele me chama atenção em tudo que faz, parece meio sem jeito, tímido, e sempre aceita as implicância dos hyung calado, mesmo quando eles passam dos limites.

Estou ficando irritado cada vez mais que presencio essa autoridade que imponham sobre ele, afinal nenhum deles são sargento ou tem algum patamar maior do que o dele, apenas mais tempo no exército.

De tanto que eles o chamavam, acabei não tirando o nome dele da cabeça.

Park Jimin é o seu nome.

Esse nome por algum motivo desconhecido, gosto de pronunciar quando estou sozinho, e de várias formas diferentes como: Jiminie, Jaman e às vezes Jimin-ssi - como se fossemos íntimos.

Me pego falando do nada - ainda bem que não é em voz alta - seria bizarro.

Algumas vezes em que o deixam quieto em seu lugar, o observo, ele está sempre com uma expressão de tristeza em seu rosto, um vazio em seu olhar - como se algo o martiriza-se - fica um bom tempo dessa maneira até que alguém o chame.

Dois soldados e um sentimento Onde histórias criam vida. Descubra agora