2. O LUTO

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"Cada um passa pelo luto do jeito que consegue"
-H.M

Zeyne Darkmor

Já faz um ano desde que eles mataram minha irmã e nosso "pai", e um ano que estou orquestrando o meu plano para me vingar de cada um deles.

Nunca me imaginei estando no lugar do meu pai, administrando e controlando a maior máfia de Ohio, nunca fui próximo do velho e jamais faria isso por ele. Ele não vale o mínimo esforço. Estou fazendo isso pela minha irmã, ela não tinha culpa de nada e mesmo assim acabou pagando o preço por tudo.

Olhando para estas fotos, me da um aperto no coração, passo para próxima e é uma em que eu e Liana estávamos comendo pipoca e assistindo um filme horrível de romance que ela escolheu. Ela sempre foi a pessoa que mais amei. Era para mim estar morto, não ela.

Escuto a porta abrir e me viro encontrando Aza, ele é meu amigo mais antigo, nos consideramos irmãos, crescemos juntos e quando me tornei o chefe a única coisa que eu sabia é que ele seria meu braço direito, sempre foi.

-Já está na hora de irmos. -Coloco o celular no bolso e me levanto.

-Vamos então. -Digo indo em direção a porta.

Estamos indo para uma boate nos encontramos com uns amigos, porque segundo eles estou trabalhando muito e não saio pra me divertir.

Mas a pergunta é: como vou me divertir ?

-Descobri que o filho da puta do Jhon está de volta na cidade. -Aza fala com um sorriso no rosto.

-Finalmente resolveu dar as caras.

-Pensou no que vai fazer com ele ? -Pergunta enquanto passamos entre as pessoas que quando me vêem abaixam suas cabeças e ficam quietos.

Há um mês eu descobri que Jhon estava desviando dinheiro da conta da máfia para a dele, e desde então ele não aparecia, aposto que sabe que quando encontrá-lo vou acabar com a raça dele.

Além de me trair e trair a todos, ele fugiu como um bebê. Ele sabe que está fudido e sabe que vou encontrá-lo.

-Você sabe o que vou fazer.

Só tem uma resposta e uma punição para traidores.

A Morte.

Aza assente e não fala mais nada, mas tenho certeza que é porque estamos em público então não pode falar comigo de qualquer jeito.

Quando estamos em público não somos amigos ou irmãos, somos um chefe e seu "funcionário", ninguém é louco de falar comigo de uma forma menos que respeitosa, pelo menos fora do meu círculo íntimo é o que é.

Ao passarmos pelas portas vejo o carro estacionado em frente.

Aza destranca as portas e dou a volta no carro para entrar no banco do passageiro.

-Nossa, você falou igual a seu pai. -Automaticamente me viro. Não quero ter a mera semelhança com aquele homem.

-Você quer morrer porra? Nunca mais me compare com aquele merda. -Digo entre dentes.

Aza pode ser meu amigo mais antigo, mas ainda assim há limites que nem mesmo ele pode ultrapassar.

-Desculpa ae Senhor Darkmor. -Fala revirando os olhos.

-Cala essa boca e vamos logo, antes que eu desista.

...

Ao chegarmos na boate noto uma enorme fila, ainda bem que não preciso passar por isso.

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