4. A CAÇADA PT 2

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"Nem sempre a vitória é ficar em primeiro, as vezes é só alcançar seus objetivos"

-H.M

Keyle Blodwhort

A porta se fecha com um baque auto.

O caminho iluminado apenas por fracas luzes. Key vai na frente porque a passagem é pequena de mais para duas pessoas lado a lado.

Escuto o barulho de como se algo estivesse voando, olho para cima e vejo um drone. Certamente teria um drone seguindo cada dupla para passar as gravações nos telões.

O muro é de cimento então não tem como esconder qualquer tipo de facas, adagas ou armas, e obviamente não colocariam as armas tão no início do jogo. Não teria "diversão".

Andamos até que o caminho fica largo o suficiente para nós dois, então temos a primeira escolha. Direita ou Esquerda.

Olho para Key.

-Eai ?

-Acho que podemos ir para qualquer lado, quanto mais rápido isso acabar melhor.

-Certo. -Eu me viro para direita decidindo.

Os muros cobertos por roseiras.

Inteligente eu diria.

Milhares de rosas vermelhas fazem o caminho agora.

Espetar os dedos e arranhar os braços enquanto procuramos por armas que não temos certeza se estão realmente lá.

Key ri alto.

-É, eles tiveram trabalho.

Acabo soltando uma risada também.

-Vamos procurar ?

-Acha necessário?

-Não diria necessário, mas talvez conveniente. -Ele bufa.

-Então tá.

Escutamos as pessoas, mas não conseguimos vê-las, os muros não nos permite e acho que assim é melhor.

O sol quase se pondo, e essas luzes quase que pifando não ajudam muito.

Tento enxergar com a escassa luz para ver se encontro algo reluzente.

Enfio minha mão nas rosas quando penso que vi algo, os espinhos perfurando minha pele e arranhando meu braço, puxo de volta quando vejo que o vi era apenas uma folha. Uma folha.

Bufo já irritada.

-Acho que isso não vai adiantar. Precisamos tentar encontrar as armas antes que o sol se põe por completo, essas luzes são uma merda.

-Eu ia falar isso agora. Vamos continuar pelo labirinto. -Key fala, o alívio em sua voz é nítido. Não queria fazer isso mais do que eu.

Seguimos reto virando na segunda abertura da esquerda que encontramos. Lama gruda em minhas botas e a suja enquanto continuamos a andar.

O drone barulhento seguindo cada movimento nosso está acima de nossas cabeças.

Piso em algo duro. Não parece ser uma pedra, levanto o pé e com a pequena iluminação vejo um cabo preto todo sujo de lama. Um sorriso puxa meu lábios para cima.

As pessoas gritam e fazem barulho.

-Key. -Cantarolo enquanto me abaixo para pegar.

-Oque...

Um urro de dor soa alto. Eu rapidamente pego o cabo e me levanto. Ficamos um momento em silêncio até termos certeza de que acabou.

Agora os barulhos fazem sentido.

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