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Há muitos anos atrás, dois irmãos gêmeos nasceram: Um menino e uma menina.

Ambos eram crianças ligadas à luz e a esperança, pois eram o fruto de um amor inesperado e que quebraria as fronteiras entre o mundo normal e o mundo da magia.

O amor entre uma humana e um dragão.

Seus pais se conheceram ao acaso, em uma noite iluminada pela grande lua. Quando o dragão sentiu curiosidade e interesse de saber sobre o mundo que não possuía a magia de seu mundo, assumindo uma forma humana para se misturar entre os homens.

Ao se esbarrarem por acidente no meio de um parque e olharem para os olhos um do outro, ambos se apaixonaram perdidamente. E ao conversarem e se conhecerem melhor, esse amor foi ficando cada vez mais forte. Dando vida aos gêmeos sagrados.

Porém, esse amor não foi bem visto pelos olhos dos outros dragões, que, guiados pelo medo de serem descobertos por aqueles que não possuíam magia, decidiram dar fim a vida das duas crianças.

Com medo do perigo em que os filhos estavam correndo, o dragão e a humana separaram os dois irmãos e os esconderam entre os comuns para que a raça mágica não encontrassem-os.

A mãe, conseguiu ficar com uma das crianças e a criou em meio dos normais, mas o pai não teve muita sorte...

Ele levou a outra criança para um país bem longe do domínio dos dragões, voando durante 8 longos meses enquanto procurava um lugar seguro para que o bebê em seus braços pudesse crescer.

Até ele encontrar um orfanato no meio da Califórnia, nos Estados Unidos. E foi lá que ele a deixou antes de desaparecer entre a névoa.

O tempo se passou e criança deixada na porta do orfanato, dentro de uma cesta com cobertores junto à uma carta, cresceu e tornou uma linda menina.

E é sobre a história dela que iremos contar...

Alguns anos depois da garota ser deixada aos cuidados das freiras do orfanato, o próprio prédio, nos tempos atuais, estava cheio de crianças de várias idades, deixando o lugar lotado.

Porém, a ordem sempre foi estabelecida no local: todas as crianças tinham que usar o uniforme do lugar, andarem sempre em fileira, nunca perguntarem demais sobre as coisas, nunca questionarem alguém superior à elas, nunca fazerem barulho, nunca brincarem (pois isso fazia muito barulho), nunca andarem rápido ou correrem.

Elas eram educadas de forma severa e restrita, onde tinham que acordar, irem para o refeitório para comerem seu café da manhã em silêncio, irem para a aula onde estudariam das 08:00 da manhã até 13:00 da noite para depois irem dormir.

A higiene do lugar também era horrível, elas nunca podiam tomar banho para que economizasse água para as cuidadoras do lugar tivessem água quente na hora de seus banhos.

Quase ninguém do lugar escovava os dentes (nem mesmo as próprias cuidadoras) o que deixava o refeitório com um cheiro horrível de carne podre pela manhã.

As paredes do prédio eram extremamente sujas e eram mofadas em todas as partes, o que fazia com que a parede branca do quarto das crianças ficassem em um tom cinza ou verde devido ao mofo.

Os vidros das janelas eram quebrados por terem sido puxados com muita força na hora de fecha-las, por isso, não era possível abri-las para pegar um ar. Isso piorava o cheiro de carne podre e diminuía o ar e o oxigênio para que as crianças pudessem respirar.

Várias crianças ficavam doentes no local, e acabavam morrendo na semana seguinte (as mais sortudas morriam três semanas depois). E os lençóis que foram sujos pelos espirros e catarros nunca eram trocados, assim como os outros lençóis que estavam sujos.

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⏰ Última atualização: Oct 30 ⏰

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