*Emocionante e inesquecível como uma prazerosa primeira vez ...*
Fernanda é uma brasileira apaixonada por música que ama a vida e estar feliz.Porém guarda uma mágoa que a atrapalha bastante e a deixa incompleta pois,não consegue esquecer a morte mis...
Oi gente,estamos aqui devolta com essa gostosa história!Que bacana,esperoque curtam o quartocapítulo,fizcommuito carinho.Boa leitura!!!:)
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O voo de Paris para a Califórnia transcorria em silêncio, um cenário sereno para quem observava as nuvens através das janelas ou se perdia em tarefas nos laptops. Jean, no entanto, não compartilhava dessa tranquilidade. Atrás de seus óculos escuros, seus olhos inquietos buscavam repetidamente as últimas poltronas, tentando identificar se aquela louca-uma presença que o perturbava e fascinava em igual medida-havia embarcado. Será que a pressa no embarque em Paris o havia feito perder de vista alguém tão importante? O coração de Jean batia em um ritmo ansioso, mas ele mantinha a postura rígida e o semblante calmo, um mestre na arte de ocultar suas emoções.
Então, a voz suave e autoritária da aeromoça cortou o silêncio da cabine, atraindo a atenção de todos:
- Senhores e senhoras, houve um imprevisto, e o avião precisará fazer uma pequena escala no Brasil para o embarque de alguns passageiros. Sabemos que isso não estava previsto, e pedimos desculpas pelo inconveniente.
O anúncio foi como uma pedra atirada em um lago tranquilo, gerando ondas de murmúrios e insatisfações que se espalharam rapidamente pelo avião. Jean, por sua vez,vendo que suas suspeitas não haviam se concretizado, sentiu um alívio estranho ao perceber que o destino, caprichoso como sempre, havia lhe concedido mais tempo. Relaxou no assento, deixando-se afundar no couro macio enquanto puxava o celular para ler um e-book. Porém,vire e mexe sua mente não estava ali; uma inquietação profunda permanecia, como um pressentimento sombrio que ele não conseguia sacudir.
Enquanto isso, em outro voo, Pierre observava as nuvens através da janela. Seu coração estava acelerado, mas por razões diferentes. Ele estava prestes a se encontrar com alguém muito especial no Brasil, um encontro que ele aguardava com uma mistura de ansiedade e esperança. Pierre era o oposto de Jean; onde Jean era calculado e introspectivo, Pierre era impulsivo e expressivo, vivendo cada momento com a intensidade de quem sabe que a vida é curta. As nuvens pareciam formar imagens de promessas no céu, alimentando sua imaginação e elevando suas expectativas.
Conforme os minutos passavam, as rotas dos aviões de Jean e Pierre convergiam no espaço aéreo brasileiro, como se um destino invisível os empurrasse para um inevitável ponto de interseção. O avião de Jean foi o primeiro a iniciar a descida para São Paulo, seguido pelo de Pierre, com um pequeno atraso. A bordo, os passageiros de Jean ainda se recuperavam da surpresa da escala inesperada. Ele, no entanto, permaneceu aparentemente imperturbável, observando os outros com um olhar crítico, quase desinteressado. Mas havia uma energia pulsante dentro dele, uma inquietação que ele não conseguia entender.
De repente, a aeromoça apareceu no corredor, sua presença imponente e controladora contrastando com o caos interno de Jean. Ela tentou acalmar os passageiros, mas seus esforços foram em vão. Vendo-se incapaz de manter a ordem sozinha, ela desapareceu por trás das cortinas que dividiam as classes da aeronave, retornando logo depois com o comandante e outra colega. O trio se postou no corredor, formando uma barreira de autoridade. O comandante, com o peito estufado e expressão resoluta, fez um gesto para que todos se acalmassem:
- Pessoal, sei que esta é uma situação atípica, mas preciso da colaboração de todos. Peço que permaneçam sentados. Em poucos minutos, estaremos de volta ao ar. Obrigado pela compreensão.
Jean escutou, mas não reagiu. Ele estava preso em seus próprios pensamentos, sentindo uma compulsão crescente para deixar o avião, como se algo fora daquele espaço o estivesse chamando. Mas ele sabia que não podia simplesmente sair-não sem uma boa desculpa, pelo menos.
A tensão na cabine diminuiu à medida que os passageiros começaram a se acalmar. Uma das aeromoças finalmente abriu a porta da aeronave, e o comandante, seguido pela funcionária, saiu para lidar com o que quer que os aguardasse do lado de fora. Jean aproveitou o momento de distração. Levantou-se discretamente e seguiu pela passarela, saindo para respirar o ar quente e úmido do Brasil. A sensação foi como uma bofetada, mas ele a acolheu. Precisava de algo que o despertasse, que o tirasse daquela letargia inquietante.
Enquanto isso, Pierre desembarcava com pressa, segurando com força o ticket de retirada de bagagem, como se sua vida dependesse disso. Ele era um homem de ação, sempre em movimento, sempre em busca de algo mais. Ao sair do avião, seus olhos captaram a visão de outra passarela no hangar vizinho, e ele não pôde deixar de se perguntar quem mais havia chegado ali, naquele exato momento. Conferiu o bilhete mais uma vez, como se aquilo pudesse acelerar o tempo, e seguiu em direção ao saguão.
No saguão do aeroporto, Jean e Pierre estavam agora perigosamente próximos, mas ainda sem se notar. Jean, sempre atento ao ambiente, fazia um panorama com os olhos por cima dos óculos escuros, enquanto Pierre, sempre inquieto, esfregava as mãos em antecipação, seus olhos varrendo o lugar como se fosse lentes de câmeras de segurança a procura de alguém conhecido. Ambos estavam imersos em seus próprios mundos, mas o destino, caprichoso como sempre, já havia começado a entrelaçar suas vidas de uma maneira que eles ainda não podiam imaginar.
O saguão estava lotado, um caldeirão de pessoas de todos os tipos, estilos e culturas. Jean observava as cadeiras amarelas de desembarque, mas seu foco estava nas portas de embarque atrás de si. Sabia que a qualquer momento o comandante e a aeromoça voltariam, e ele precisava estar preparado. Pierre, por outro lado, estava fixado em um ponto específico, onde uma mulher estava sentada, parecendo tão aflita quanto ele:
_ Lá está! Arregalou seus olhos e se alegrou.
Ele comprou um enfeite de flores em uma loja próxima, e agora segurava-o como um amuleto, algo que pudesse proteger seus sonhos e esperanças.Finalmente o destino, sempre imprevisível, havia jogado suas cartas.
No mesmo instante,Jean sempre cauteloso, deu um passo à frente. E foi então que o inesperado aconteceu. O saguão, cheio e caótico, pareceu desaparecer diante de seus olhos. Por uma fração de segundo, ele não viu mais nada além de uma jovem mulher sentada nas tais cadeiras amarelas. Ela estava numa aflição sem fim, visivelmente triste, a cabeça baixa, como se carregasse o peso do mundo sobre os ombros. Jean sentiu uma onda de emoções contraditórias-uma mistura de compaixão e fascínio. Mas, acima de tudo, foi a beleza melancólica dela que o prendeu.
E agora?quem seráque vai cruzar seu destino com o da Fer?Pierre ou Jean? Ou os dois?... Gostaram?Fico feliz se sim, não esqueçam de deixar uma estrelinha.Obrigado.