Irei para Califórnia

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"Eu estou certa da decisão que tomei,mesmo que as pessoas me olhem de um jeito horrível em vez em quando.

Eu sempre digo e repito quantas vezes for possível pra elas ,com todas as letras:

A morte do meu querido herói Michael Jackson foi muito estranha e incompreensível.

E sinto culpa por estar feliz as vezes e saber que ele não estar mais aqui também.

Olhando para o mesmo sol, sentindo o vento da mesma forma e sendo e fazendo as pessoas felizes.

Sabe,isso me trava.

Ultimamente isso vem crescendo em mim,e não consigo mais me relacionar direito com as pessoas a minha volta, estou cada vez mais ficando introspectiva,eu apenas disfarço e penso que engano a mim mesma."

4 de agosto 2024,São Paulo.


Fernanda estava sentada em sua cama, olhando o céu azul pela janela do quarto, enquanto penteava seus cabelos castanhos que caíam até a altura dos seios. Seus pensamentos estavam distantes, refletindo sobre a vida e os sonhos que tinha guardado. Após tanto esforço, finalmente havia conseguido economizar o suficiente para realizar o que chamava de "a missão de sua vida": viajar para os Estados Unidos e tentar descobrir, diretamente com a família Jackson ou com alguém próximo, o que realmente aconteceu com Michael. As dúvidas e incertezas que as notícias nunca esclareceram a levavam a essa decisão.

Naquela manhã de domingo, sob uma chuva que caía sem parar, Fernanda decidiu visitar sua patroa, Dona Sueli. Era hora de compartilhar a novidade. Sueli sempre achara essa obsessão por Michael um tanto estranha, mas, ao mesmo tempo, tentava mostrar compreensão nas conversas que tinham. Quando ouviu a campainha, Sueli abriu a janela e avistou Fernanda saindo do Uber, pulando as poças d'água com uma determinação que refletia a urgência de suas intenções. Sueli desceu até a sala, abriu a porta e a recebeu com um sorriso.

"_Dona Zueli! Já está acordada, hein?" _ brincou Fernanda, tentando esconder a ansiedade com um sorriso.

"_Você nunca toma jeito, menina_," respondeu Sueli, rindo, enquanto a conduzia para dentro. "_Estou preparando uns bolinhos de chuva. Chegou na hora certa para me fazer companhia, mas o que a traz aqui tão cedo? Deveria estar descansando. Ligou para sua mãe? Quais são as novidades?_"

Fernanda entrou, balançando o guarda-chuva antes de deixá-lo no canto da porta. Seguiu Sueli até a cozinha, sentindo o cheiro dos bolinhos recém-fritos. "_Já descansei bastante, Dona Sueli. E estar aqui sempre me faz bem. Minha mãe está complicada... Cada vez que ligo, ela começa a me dizer o que devo fazer, como se eu estivesse sempre tomando decisões erradas. Isso me cansa, mas tento manter a relação._"

Sueli colocou os bolinhos na mesa e respondeu com um tom de compreensão: "_As coisas nem sempre acontecem como queremos, mas é importante tentar melhorar essa relação. Os relacionamentos hoje em dia estão complicados de todas as formas, seja entre marido e mulher, amigos, ou entre pais e filhos._" Enquanto Sueli falava, Fernanda não conseguia mais conter a ansiedade. Estendeu a mão para pegar um bolinho e, enquanto mastigava rapidamente, decidiu revelar a novidade.

"_Dona Sueli, lembra que te falei que um dia estaria dentro da casa do Michael?_"

"_O quê? Você está falando sério? Você conseguiu? Mas não era verdade que o atual proprietário não deixava ninguém entrar na casa?_" Sueli se inclinou na cadeira, a curiosidade estampada no rosto.

Quem Matou Meu Ídolo? ( Michael Jackson Fanfic )Onde histórias criam vida. Descubra agora