Capítulo 34

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NICHOLAS HOLLOWAY


Eu a amo e, por isso mesmo, decidi que é melhor ela ser livre. Por mais que me doa, por mais que minha alma fique dilacerada, todos devem ter a liberdade de estar com quem quiserem; caso algum dia eu a veja com outro homem que não seja eu, saberei que esse era o melhor caminho para ambos.

Porém, ouvi-la pedir para que eu não desista dela, para que não desistisse de nós, foi o estopim para eu reconsiderar minha decisão.

Ela pediu, e assim vou fazer...

Essa criatura dormindo ao meu lado nem parece a mesma que estava chorando na noite anterior, em uma praia, por causa do seu primeiro beijo roubado.

Não sei de onde tirei a ideia de propor que sejamos amigos. Como posso considerá-la uma amiga, quando conheço o gosto do seu beijo, o seu cheiro, cada detalhe de quanto estive com ela, e sei cada cicatriz, cada pintinha dela?

— Hum... — murmura enquanto dorme, fazendo-me questionar sobre o conteúdo de seus sonhos. Seu peito sobe e desce tranquilamente, e seu sono parece ser profundo, bom até demais.

Viro a cabeça em direção ao teto, pensando no quanto deve ter sido difícil para ela pedir para que eu não desista de nós, especialmente considerando o tamanho do seu orgulho.

Quando ela se senta na cama, sei exatamente o que fará a seguir; e ela não deveria, não quando estou dividindo o quarto com ela, não quando sabe que dorme sem calcinha, e certamente, não quando um simples gesto seu me afeta tanto.

Suas mãos vão até a barra da camisa que veste e a levanta, expondo sua intimidade, sua barriga, portanto nossas filhas e seus seios empinados, médios, porém, perfeitos para o tamanho das minhas mãos e boca. Por fim, ela arranca a camisa pela cabeça e a joga em meu rosto.

Será esse um tipo estranho de fetiche que ela possui, de despir-se enquanto dorme?

Ela se deita novamente, agora mais perto de mim, sua cabeça repousa em meu peito nu. Considerando o receio que ela tinha de mim, decidi dormir de camisa; quando ela adormece, eu a retiro, colocando-a novamente antes dela despertar.

Sua mão explora meu peito, deslizando para mais abaixo, enquanto uma de suas pernas é jogada por cima das minhas, esfregando-se em mim.

"Não faça isso, amor. Sabe que não posso te tocar assim.", penso silenciosamente.

Prendo a respiração quando sua mão agarra meu pau por cima da calça de moletom, que começa a ganhar vida, endurecendo aos poucos.

— Isso é gostoso — balbucia, deixando uma marca molhada em meu peito; ela babou em mim. Queria poder eternizar este momento com uma foto, para que ela se lembrasse dela, babando em meu peito e segurando meu pau como se sua vida dependesse disso. — Humm.

Entendi sobre o que ela está sonhando. Tento afastar sua mão da minha ereção antes que acorde assustada, pensando que estou me aproveitando da situação. No entanto, ela segura ainda mais firme; isso chega a ser doloroso devido à intensidade do meu tesão.

— Me toca. — Pede, ainda adormecida.
Isso é uma tortura para mim. Não desejo despertá-la, mas também não posso permitir que me toque dessa forma.

Afasto sua mão gentilmente e a coloco ao lado do seu corpo, retirando devagar sua perna de cima de mim e ajeitando-a. Melissa parece murmurar algo incompreensível.

Desço o olhar para minha calça, marcada pela ereção; mais abaixo, vejo uma mancha. Certo, ela está um pouco úmida porque se esfregou em mim.

Tudo bem, preciso de um banho agora, um bem frio.

After the truth Parte 1 - Completo Onde histórias criam vida. Descubra agora