Capítulo 04.

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Thursday







Heeseung estava abrindo a quarta mala, agora esta seria usada para colocar suas coisas pessoais como produtos de cabelo e pele, pasta e escova de dentes, dentre muitas outras coisas importantes que não poderiam faltar nessa viagem. Já se passava das duas da tarde, o casal estava se preparando para pegar o avião amanhã cedo para Las Vegas, lugar onde seria a cerimônia de casamento.

Os únicos que iriam a cerimônia seriam seus pais, alguns familiares que não eram preconceituosos e amigos próximos. Eles próprios haviam pagado as passagens dos convidados junto do convite de casamento, o que agradou a muitos que não estavam em uma boa condição financeira e já pensava em desistir contragosto aquele dia.

Jay já havia arrumado suas malas por ter acordado mais cedo que o noivo, e agora estava fora de casa para resolver algumas coisas no trabalho antes da viagem, deixando o Lee sozinho em casa. Heeseung ouviu seu celular tocar no momento em que fechava a última mala, caminhou até o criado-mudo e pegou o aparelho vendo o nome do contato, atendendo no mesmo instante.

Oi Hyung! Como você está? Desculpa ligar a essa hora, você deve estar ocupado, né? – a voz suave de Sunoo do outro lado da linha deixava o Lee mais calmo; aqueles últimos dias o deixou estressado.

— Oi Sunie, eu estou bem e você? – tirou as pantufas e se jogou na cama. — Que nada, eu já terminei de arrumar tudo, sem falar que Jay já tinha arrumado as coisas dele antes de sair.

Fico feliz que esteja bem, eu tô ótimo! – imaginou o sorriso contente do amigo do outro lado, fazendo-o sorrir. — E você e o Jay Hyung? Como estão?

Heeseung sorriu abobalhado ao lembrar das últimas interações que teve com o noivo.

— Estamos bem. E você e o Jungwon? – ouviu a risadinha baixa do Yang.

Ele veio me pedir em casamento de novo porque brigamos ontem. – o mais novo riu do outro lado da linha.

— Brigaram? Por que?

Aquela prima dele continha insistindo nele, mesmo sabendo que Jungwon é muito bem casado e pai de família.

Heeseung riu ao perceber o tom irritado que Sunoo falou, logo lembrando-se da sobrinha.

— Falando nisso, a minha princesa tá bem? – se remexeu na cama para olhar o quadro de MinJeong na escrivania.

Ela tá brincando com o Maeumi e Bisco. – ouviu um latido do outro lado quando os nomes foram chamados. — Acredita que hoje ela veio com história de que as pessoas com irmãos tem uma chance maior de ser imune a doenças? Perguntei de onde ela tirou isso e recebi a resposta: tio Jake.

— Isso é de se esperar do Jake. – riu nasal.

Ele só diz isso porque não é ele quem tem uma perereca arrombada do primeiro filho. – disse com indiferença fazendo o Lee rir mais alto. — Tô mentindo? Não! Se eu soubesse que ter filho era tão doloroso, eu teria trocado meu órgão genital ou arrancado meu útero.

— Mas valeu a pena ter a Min. E não precisa ter outro agora.

É, eu sei disso, já conversei com ela sobre e dei uns petelecos no Jake. Mas, sabe? Eu vejo como o Jungwon olha pros sobrinhos gêmeos dele... Sei que ele quer outro.

— Já conversaram? – sua atenção foi para a porta do quarto de onde surgiu Jay com a roupa do trabalho, ambos sorriram um para o outro.

Eu não sei como falar disse com ele, sem falar que ele quase não para em casa mais. – bufou.

— Conversa quando ele chegar em casa, vocês precisam pensar bastante antes de ter um segundo filho. – abriu os braços para receber o noivo, este que deitou por cima de si com a testa franzida com o que acabou de ouvir.

Vou fazer isso, obrigado por me ouvir, Hyung! Agora vou ter que levar a MinJeong na amiguinha dela porque pediu. Manda um abraço pro Jay Hyung! Tchau, beijão, te amo.

— Também te amo, bê! Beijinhos pra você e pra Min. – a ligação foi encerrada e colocou o celular na cama.

— Que história é essa de segundo bebê? – deitou a cabeça no peitoral do noivo e desceu as mãos até às coxas dele.

— MinJeong e Jungwon querem. – acariciou os fios claros do amado e os cheirou, sorrindo ao cheiro doce de seu shampoo de bubble ainda estar ali. — O Sunie tá quase enlouquecendo com isso.

— Eu também estaria perto de enlouquecer caso eu tivesse uma boceta, graças a Deus eu nasci com pau.

Heeseung riu alto do comentário do Park, mas logo algo veio em sua mente.

— Você não pensa em ter filhos comigo?

Jay levantou o rosto para olhar no do noivo por alguns segundos. É óbvio que queria ter uma família com Heeseung, mas ainda estava cedo.

— Penso, mas não é o momento. – sorriu pequeno. — Talvez daqui uns meses a gente pense melhor nessa ideia de filhos.

— Queria ter um mini Jay, mas pra isso teríamos que fazer barriga de aluguel. 

— Podemos não falar disso agora? – arqueou a sobrancelha e suspirou. — Hee, eu te amo muito e quero sim ter uma família contigo, mas a gente anda muito estressado com as coisas do casamento e agora dessa viagem. Eu vivo trabalhando e você nem terminou a faculdade ainda, um filho agora só ia atrapalhar o que já tá bagunçado.

— Crianças não atrapalham, Jay. – sua voz saiu trêmula, o que deixou o Park apreensivo.

— Amor.. não faz isso comigo, sim? Você sabe mais que ninguém o quanto eu quero ser pai, mas agora não é o momento pra esse momento, entende? – segurou no rosto do mais novo, fazendo seus olhos se encontrarem definitivamente. — Eu prometo que vamos realizar esse sonho, ok? Mas, por agora, vamos focar mais em nós dois. Depois nós vamos pensar no nós três.

O Lee assentiu devagar e deu um selinho nos lábios carnudos do mais novo.

— Eu quero um menino. – disse baixinho enquanto puxava o outro para um abraço.

— Jungwon não vai querer ele perto da Min de jeito nenhum. – riu ao imaginar o tique nervoso que o Yang teria de ver algum menino perto de sua filha.

— Ele que se lasque.

Os dois riram daquele comentário e continuaram coladinhos por mais um tempo. Amanhã já seria um novo dia em que viajariam para outro país para poderem se casar, um novo ciclo estava prestes de começar.

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