Act IV: A pregnant Woman in action

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Disturb

Act IV:

A pregnant Woman in action.

Escrita por MrsEloi.

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Japan: Osaka.

04:57 a.m.

Os lábios pálidos e voluptuosos de Sasuke se torceram de satisfação ao sentir as mãos delicadas que antes pousaram no bolso de sua camisa por alguns segundos, desatarem o nó da faixa em seus olhos. Desde que entrará ali, não trocaram uma sequer palavra. Sua audição captou o momento exato em que as silhuetas dos capangas de Itachi caíram no chão. Após tortuosos trinta dias, lá estava ele, abrindo os olhos pela primeira vez.

— Vim lhe devolver isso, tubarão. — Sakura falou, dedilhando o brasão da família Uchiha prensado em seu bolso. Como os olhos de uma águia, o moreno absorveu cada milímetro do cômodo com atenção, e suspirou ao observar que os corpos estavam apenas nocauteados. — Precisamos ser rápidos.

— Você veio sozinha? — o Uchiha se levantou da cama, as pernas ainda dormentes. Ele não fez questão de esconder a decepção na voz. Perguntava-se a onde Naruto estava com a cabeça em mandar Sakura sozinha para resgatá-lo, sendo ela incapaz de matar míseros cretinos.

A Haruno destravou a última algema que deixava o moreno atado, tateando rapidamente as marcas eritematosas em seus pulsos. Possivelmente, Sasuke pesava menos cinco quilos que a ultima vez que o vira, as olheiras eram evidentes e os fios negrumes estavam oleosos; apesar das adversidades, ainda possuía uma presença firme e inabalável. Sakura ergueu a ponta da camisa branca, retirando o revólver de sua cintura e entregando para Sasuke.

— Você lida melhor com essas coisas — ela suspirou. —, eu prefiro os meus punhos.

Sasuke a tocou na ponta do cotovelo, guiando-a para fora. Praguejou a todos os deuses pelo fato de não possuir tempo o suficiente para mandar para o inferno os três homens desacordados no chão.

— Naruto está nos esperando há alguns metros daqui. — Sakura começou a correr e Sasuke a seguiu.

Japan: Tokyo.

09:31 p.m.

Sakura rendeu à exaustão, deixando as costas bater no piso de porcelanato enegrecido ao finalizar o último exercício de abdominal. Ergueu os olhos esmeraldinos em direção à porta quando ela se abriu, anunciando a entrada de Sasuke. Desde que chegara do resgate, não o vira e tampouco trocaram qualquer tipo de diálogo. Sakura endireitou o corpo, sentando-se e apoiando o braços esquerdo sobre o joelho; o suor escorria de sua nuca e a respiração permanecia arrítmica.

Sasuke caminhou até a poltrona de canto e se sentou. Os fios negrumes completamente úmidos, indicando um banho recém tomado, estava descalço e trajava apenas uma calça de moletom azul marinho. O abdômen esculpido estava à mostra. Talvez o fato de estar informal, transmitiria suas intenções inofensivas.

Ele havia se informado de todos os procedentes de sua ausência, assim, como tomara o controle de toda situação.

O Uchiha pousou os orbes negros perante a barriga saliente da garota, cerrando o cenho. Ele não sabia como iniciar aquela conversa, assim como Sakura não oferecia qualquer abertura. Se surpreendeu com as atitudes da garota, o empenho em resgatá-lo e a facilidade em devolver o brasão, sem tentativas de extorsão ou chantagens. Olhar para a figura miúda e desnutrida de Sakura, o fazia sentir uma fincada no peito. Ela estava desesperada e perdida a ponto de perder a sua essência autêntica.

— Naruto mencionou que desde que chegou aqui, você perdeu oito quilos — a voz rouca quebrou o silêncio, ciciando aguda. —, e que passa o tempo livre treinando até fadigar os músculos.

Sakura se levantou caminhando até o armário, limpando o suor com a toalha. — Precisava me fortalecer para resgatá-lo, passei meses fugindo de vocês. — falou amargurada, sentindo a garganta tremular. — Você irá me matar?

Sasuke se pôs de pé atrás dela, espalmou ambas as mãos nos ombros pequenos e musculosos, se permitindo inalar o aroma doce e suado no qual exalava da cabeleira rosada. O contato dermal fez com que a ponta dos seus dedos formigasse. Sakura o conquistara no cassino de Tóquio, com sua perspicácia e ousadia, a língua afiada e o instinto aventureiro; não resistiu em leva-la para um motel e quando deu por si, haviam transado dentro do carro e teve o orgasmo precoce, sem preservativo. Logo após, Sakura furtara o brasão, no qual continha informações sigilosas e comprometedoras sobre si. A garota lhe enfureceu de todos os ângulos, sempre escapando dos seus melhores homens. Durante o mês que esteve em cativeiro, pode conhece-la um pouco mais em suas conversas curtas. O Uchiha não pode negar a surpresa ao vê-la pela primeira vez em meses, com o cabelo maior alguns centímetros, olhos fundos e tão magra a ponto de evidenciar seus ossos. Ficou extasiado quando teve seu brasão de volta, sem nenhuma relutância.

— Você é uma grande filha da puta na minha vida, Senhorita Haruno. — o moreno mordiscou o lóbulo da orelha de Sakura, mantendo seus pulsos atados próximos a região lombar. Ela estava à beira do precipício, este, sendo Sasuke.

— E você é uma desgraça maior ainda na minha, Sasuke. — ronronou. Ouvi-la pronunciar seu nome fora o estopim para a sanidade mental do Uchiha. Ele gemeu entredentes, colando seu corpo no dela.

— Sakura, eu protegerei a ti e a esta criança, mesmo que eu precise ceder cada célula do meu corpo — ela se virou abrupta, ao escutar as palavras convictas de Sasuke. A rosada levou as mãos até os lábios, sem conseguir conter as lágrimas. —, eu lhe prometi proteção quando se dispôs a me ajudar.

— Eu estou com tanto medo. — confessou, afastando-se e abraçando o próprio corpo; as esmeraldinas agora opacas pelo choro e as conjuntivas inchadas.

Sasuke se aproximou, curvando-se a ponto que suas faces ficassem na mesma altura, com o polegar, ergueu o queixo de Sakura para que ela o encarasse, embebendo com a língua as lágrimas cristalinas que repousavam sua bochecha rubra. Ela estremeceu. — Eu sou a única existência que deves temer, e hoje, me coloco a protege-la até os últimos dias de sua vida.

— Soube que perdoou seu irmão, Tubarão. — Sakura sussurrou, ainda incerta.

— Sim, me sinto um homem melhor desde que me libertei do cativeiro. ­— o moreno riu anasalado.

— Melhor quanto? — ela não sabia se devia insistir na pergunta.

— Contentei-me com a amputação de suas duas mãos — Sasuke tirou o celular do bolso, mostrando o vídeo de dois tubarões. —, meus novos tubarões devoraram as mãos traidoras e a cabeça da ruiva maldita.

Sakura deglutiu a seco, estava perplexa. Sasuke depositou um beijo demorado no topo de sua cabeça. — Descanse, não há o que temer.

DisturbWhere stories live. Discover now