🦂[06]: Renascimento

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Vampiros & vampiras, respeitável público!~ Sejam bem vindos a mais um episódio!

Dá play na música na mídia e vem comigo para mais um espetáculo!

A dor era excruciante, uma tortura que queimava meu corpo de dentro para fora

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A dor era excruciante, uma tortura que queimava meu corpo de dentro para fora. Podia sentir cada veia fervendo, borbulhando como se estivessem prestes a explodir.

O medo de morrer me dominava, um pavor que me fazia questionar se realmente valia a pena. Eu não conseguia gritar, mesmo que quisesse; a dor era tão intensa que me roubava a voz, deixando-me apenas contorcer mudo no chão.

Ao meu redor, os outros gritavam e imploravam por misericórdia. Um deles começou a vomitar, seu corpo seco e inerte como um cadáver diante de nós. O desespero aumentava a cada segundo, e eu me perguntava se eu seria o próximo. A ideia de queimar por dentro até a morte era insuportável, mas eu precisava sobreviver. Eu tinha que sobreviver.

Lágrimas rolavam pelos meus olhos, misturando-se ao suor que escorria pelo meu rosto. Cada gota parecia carregar um pouco da minha esperança, dissolvendo-se na escuridão que ameaçava me engolir. Eu sentia a fraqueza tomando conta, mas sabia que ceder significaria o fim. E eu não podia deixar isso acontecer. Não agora. Não assim.

Minha consciência ia e vinha, oscilando entre a agonia e um vazio gelado. Cada vez que voltava a mim, a dor parecia piorar e eu me perguntava se sobreviveria à próxima onda de tormento. Até que, finalmente, acordei.

Encarei o teto sujo. Não estava mais na sala de cerimônia, mas sobre uma cama em um quarto minúsculo do alojamento. Havia uma cômoda ao lado da cama, e sobre ela, meu uniforme de soldado.

O quarto era simples, quase espartano, mas eu não me importaria, pois era maior do que a residência que eu poderia chamar de minha na Colônia H-Q209.

Sentei sobre a cama e passei a mão pelo meu corpo, sentindo como se nada tivesse mudado. Eu ainda estava vestindo a túnica dourada e meu corpo estava parcialmente pintado e sujo de sangue. Respirei fundo, sentindo uma mistura de alívio e determinação. Eu tinha sobrevivido à provação de Marie-Louise.

Contra todas as probabilidades, eu estava vivo. Eu era um vampiro. E minha missão continuava. No entanto, ainda havia uma série de complicações: sem os fones eu precisava encontrar um modo de reestabelecer comunicação com a Resistência e avisá-los de que eu havia conseguido. Eu era um infiltrado.

Logo uma sirene alta tocou e meus ouvidos tiniram com o barulho alto, minha audição estava tão sensível que eu sentia que ia desmaiar com aquilo.

Todos os novos recrutas vistam seus uniformes e compareçam ao pátio imediatamente. — A ordem soou do alto-falante e eu sabia que não poderia ignorá-la.

Levantei da cama e quase tropecei, sem forças para ficar de pé, eu me sentia tão cansado e minhas pernas estavam bambas, mesmo assim, me esforcei para alcançar a cômoda, onde uma bacia de metal, cheia de água estava. Ali havia também um espelho, onde pude observar meu reflexo.

Sentinela da Noite [ Vex ]Onde histórias criam vida. Descubra agora