🦂 [04]: Sede de Sangue

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Senhoras e senhores, ladies & lordes! 

Sejam bem vindos a mais um capítulo desse espetáculo.

Desejo uma boa leitura.

Corremos desesperadamente para fora da sala, atravessando as tendas, pelos mesmos corredores nos quais entramos, nossos passos ecoando no solo duro e seco do pátio gélido do quartel, por onde havíamos acabado de entrar

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Corremos desesperadamente para fora da sala, atravessando as tendas, pelos mesmos corredores nos quais entramos, nossos passos ecoando no solo duro e seco do pátio gélido do quartel, por onde havíamos acabado de entrar.

Eu podia ouvir os gritos abafados dos outros recrutas ao nosso redor, mas tudo se misturava em um borrão de medo. O soldado enraivecido estava logo atrás de nós, seus olhos fixos em mim com uma fúria animalesca. Parecia uma sentença de morte se aproximando. Olhei rapidamente por cima do ombro enquanto segurava forte a mão de Journee, ela nem ao menos olhava para trás. Vi que o soldado pulava em cima de vampiros e humanos, alguns deles se ferindo no processo.

O pânico se espalhava pelo meu corpo como veneno, meus pensamentos acelerados buscando uma saída rápida dali, porém o caminho até a fortaleza foi por uma cidade destroçada, não havia como fugir, ou me esconder, ele me caçaria até a eternidade com uma dsposição implacável. Porém eu sabia: era somente atrás de mim.

O instinto de proteger Journee gritou mais alto que o medo e com um movimento rápido, agarrei seu braço e a empurrei para o lado, tirando-a da linha de ataque.

— Corre! — gritei, minha voz rouca de desespero.

Ela ficou um pouco atordoada, mas não parou, indo correr por entre os caminhões. O vampiro rugiu e se lançou sobre mim, suas garras afiadas prontas para dilacerar. Eu prendi a respiração, mas devido ao treinamento da Resistência, consegui agir mais defensivamente e desviei por um triz. Corri para o outro lado, trazendo-o atrás de mim. Meu coração batia descontroladamente, ecoando em meus ouvidos.

Por mais que eu tentasse correr, o vampiro era muito mais ágil, então passei por um esquadrão por ali descarregando um caminhão cheio de latinhas de comida.

— Ei, vaqueiro, onde pensa que está indo? — Uma vampira de cabelos ruivos cacheados tentou me interceder, mas desviei, dando um carrinho e passando por baixo de suas pernas. — Seu rato! Não me diga que irá desertar, acabamos de chegar!

Mas não parei para responder, eu estava fugindo e lutando por minha vida! Ela então viu o vampiro em frenesi vindo atrás de mim. Tropecei por umas caixas que estavam sendo descarregadas e caí tenso sobre o chão, a mochila ainda nas minhas costas era somente um peso me impedindo de me levantar, mas fiquei de pé, batendo a mão, meu fôlego já estava se esvaindo e eu olhei rápido por onde poderia ir. Pelo amor de Deus, não posso morrer assim!

Ouvi um rosnado e me virei, eu o vampiro sedento por sangue saltar, preparei-me para o impacto inevitável, meu corpo tenso, a adrenalina queimando nas veias. De repente senti um puxão no braço e rolei para o lado em um movimento, conseguindo escapar, porém me vi encurralado alcançando o pneu grande do caminhão, na qual minhas costas se chocaram, meu ombro ardeu e me paralisou, eu dei um grito de dor.

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