𝑽𝑶𝑪𝑬̂ 𝑷𝑬𝑹𝑻𝑬𝑵𝑪𝑬 𝑨 𝑴𝑰𝑴; Jacaerys Velaryon | Cregan Stark.

{013}: sweet dreams.

O dia começou frio novamente. A densa camada de neve cobria todo o chão rochoso dos portões do castelo até as ruas de Westeros. O alfa Stark observava de forma atenta pela janela do quarto. Deixou Jace na cama, aconchegado entre os lençóis limpos e agarrado à sua mantinha.

Ele dormia feito um anjo, bonito e cansado. Claro, Cregan fez um ótimo trabalho em manter o herdeiro de Rhaenyra bem ocupado noite passada. Não se arrependia de nada, quando as lembranças do príncipe suando e sentindo prazer invadiam sua mente.

Iria tomar um banho, mas queria fazê-lo apenas quando Jace acordasse, então poderiam ir juntos e ele ajudaria seu ômega a se lavar, pois ele certamente estaria dolorido. Suspirou, se afastando do vidro grosso e se aproximou da cama onde o garoto dormia.

Pretendia chamá-lo, mas foi interrompido por batidas na porta. Vestiu-se com a blusa de tecido fino jogada no quanto do quarto, indo atender quem quer que fosse.

Ele estranhou ao abrir, era Alicent alí, e parecia um pouco ansiosa, o encarando com seus olhos brilhantes e arregalados.

– Eu... Vim ver como vocês passaram a noite. – Ela forçou um sorriso. – E trouxe algo para Jacaerys beber.

Ela estendeu as mãos rapidamente. Segurava uma taça discreta, de cor escura e facilmente camuflavel. Estranhou o comportando da ômega. As mãos da rainha tremiam levemente enquanto ela apertava o barro seco do objeto.

Parecia prestes a colapsar, caso ele não pegasse.

– Eu agradeço a bondade e preocupação, Majestade. – Pegou o copo, curvando os lábios em um sorriso contragosto.

– Faça com que ele tome o quanto antes. Vai ajudar... Já que foi a primeira vez. – Olhou para o copo, logo mais para o homem.

O alfa concordou. Percebeu que algo estava estranho com ela, parecia com inquietação o que ela tinha. Alicent mal podia esperar, ficando cada vez mais brava por não conseguir o que queria.

Seu esposo, Viserys, estava a beira da morte, tendo sua vida tomada por uma doença desconhecida mas muito perigosa e fatal. E um de seus filhos sendo forçado a se casar com um dos bastardos de Rhaenyra. Isso não seria suficiente? Ela e Daemon não tinham vitórias demais?

Sendo assim ou não, agora seria sua vez de ganhar. Deu as costas para o Stark, se despedindo.

Cregan fechou a porta, voltando para seus aposentos com o seu ômega. O cheiro que vinha daquele copo não era nada agradável. Fez uma careta ao aproximar o rosto da taça, farejando sutilmente aquele líquido nada convidativo. Isso faria mesmo bem a Jace? Se questionou por minutos.

O príncipe acordou de seu sono. Sentindo o cheiro de seu alfa nos lençóis, Jace ficou quietinho, parado enquanto observava com dificuldade pela claridade, as costas do marido.

Mas Cregan o notou rapidamente. Sorriu para ele quando viu os olhos brilhantes e o biquinho feito pelos lábios vermelinhos e levemente inchados. Lembra de ter o enchido de beijos.

– Dormiu bem? – Se aproximou, sentando-se na cama.

Jace concordou, ainda calado.

– Quando você levantou? – A voz rouca e sonolenta ecoou pelo quarto. – Parece que perdi as horas.

– Não importa agora, amor. Como você está se sentindo? – Estendeu o braço, acariciando o rosto de seu príncipe.

Jace reclamou sobre um pouco de dor, mas se interessou mais pelo que o alfa segurava. Recém acordado não conseguia sentir o cheiro corretamente daquilo. Os olhos curiosos encararam o alfa fixamente.