A vida de Sarah sempre foi tranquila ao máximo possível. Morar naquela ilha deixava seu cotidiano com o mesmo padrão de sempre.
Como havia se mudado pra lá muito nova, tinha o sonho de voltar pro Brasil logo, não para morar, mas sim, para conhecer...
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𝐒𝐀𝐑𝐀𝐇 𝐃𝐈𝐀𝐒
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O som ecoa por todos os lados. Não importa o local que você esteja. E isso não é ruim.
Exceto os barulhos de copos caindo no chão. Que não faz o mínimo de sentido na minha cabeça. Por que copos caem a todo instante? São duas horas da manhã, e já tá todo mundo bêbado? Fracos.
Minha ilha nunca é movimentada, então quando ela está potente, a gente aproveita.
Moro no Taiti desde muito nova, pois meus pais sempre foram apaixonados por praias. E eu sempre entrei na vibe.
Atualmente tenho vinte e quatro anos de idade, moro aqui desde os quatro. São vinte anos vivendo uma vida bem surreal, eu diria.
Quando eu falo que moro em uma ilha, as pessoas ficam surpreendidas, e eu sinceramente não entendo. Pra mim já é algo super normal.
Recebo algumas perguntas totalmente aleatórias, tipo:
"Vocês têm celular e internet aí?"
"As escolas, como funcionam? Ou melhor, vocês têm escolas?"
"Como vocês fazem compras?"
Celulares, ah sim. Temos! E internet também..
Escolas, temos também. Inclusive o ensino é melhor que o do Brasil. E nos fins de semana os professores vão para a praia com a gente.
Compras? Mercados, lojas pequenas... Temos tudo que é necessário para sobreviver.
E ainda temos olimpíadas e surfistas super gatos por aqui. Isso inclui os Brasileiros, até por serem os melhores em tudo. Eu digo tudo mesmo.
Já voltei para o Brasil algumas vezes, pra resolver problemas da empresa do meu pai. Então não aproveitei nada.
Queria desfrutar um pouco de cada país, é triste não poder.
