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- espero que gostem do capítulo amores!!!


Casa

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Casa

Estava deitada no colchão do que um dia foi meu quarto, olhando para as paredes nuas e o espaço vazio onde antes estavam meus móveis. A mudança já tinha levado tudo embora—alguns móveis foram vendidos, outros, empacotados e enviados de barco para Outer Banks, meu novo lar. Olhei para o relógio em meu pulso: eram 15h em ponto. Suspirei profundamente. Precisávamos estar no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, às 16h30, para pegar nosso voo. Mas ainda estávamos em Macaé, e a tensão começou a crescer dentro de mim. E se não chegássemos a tempo?

Saí rapidamente do quarto, descendo as escadas em busca da minha mãe. Encontrei-a na cozinha, parecendo estranhamente tranquila, ocupada com alguma coisa. Fiquei parada diante dela, sentindo o nervosismo tomar conta.

Mãe... vamos perder o voo — declarei, tentando esconder o pânico em minha voz enquanto a encarava.

Ela se virou para mim com um sorriso calmo.

— Não vamos, não. Seu pai já foi buscar sua irmã na manicure e está a caminho do aeroporto. As malas já estão no carro. Agora, vá se trocar rápido; vou levar as últimas coisas para o carro — respondeu, fechando a garrafa que segurava e se dirigindo para outro cômodo da casa.

Corri de volta para o que restava do meu quarto e peguei a roupa que havia separado em cima da escrivaninha. Troquei-me rapidamente: uma calça jeans branca com rasgos nos joelhos, uma blusa preta regata básica e meus tênis brancos da Adidas. Coloquei um anel de ouro, brincos combinando e prendi meu cabelo com uma pregadeira rosa. Passei um pouco de perfume e o guardei na bolsa de mão, junto com alguns outros itens essenciais. Coloquei meus fones de ouvido, peguei minha garrafa de água e saí apressada do quarto. Meu celular ainda estava confiscado, parte de um castigo que acabaria em alguns dias, mas duvidava que meu pai fosse me dar outro tão cedo.

Saí de casa e parei por um momento na porta, olhando para o lugar que foi meu lar durante tanto tempo. A nostalgia bateu, mas eu sabia que poderia demorar muito até voltar. Tranquei a porta, entrei no carro e sentei no banco ao lado do motorista. Coloquei o cinto de segurança e senti um misto de ansiedade e animação. Nunca tinha voado antes, e a expectativa me deixava nervosa. Minha mãe entrou no carro, ligou o motor e, para aliviar o silêncio, liguei o rádio. A música de Marília Mendonça encheu o ar, e logo minha mãe começou a cantar junto. No início, eu apenas sussurrava, mas a energia dela me contagiou, e acabei cantando também, esquecendo um pouco do nervosismo que me consumia.

 No início, eu apenas sussurrava, mas a energia dela me contagiou, e acabei cantando também, esquecendo um pouco do nervosismo que me consumia

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