capítulo 12 // Banheiro

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A raiva fervia dentro de você enquanto Sunghoon continuava tentando se explicar, cada palavra que saía da boca dele parecia apenas alimentar ainda mais a sua frustração.

— Você é um maluco obsessivo! — você disparou, sua voz ecoando pelas paredes do banheiro.

Sunghoon deu um passo para trás, visivelmente abalado com sua acusação, mas não desistiu. — Pode me escutar pelo menos? — ele pediu, a voz vacilando entre a frustração e o desespero.

Você bufou irritada, sabendo que, se ele não tivesse bloqueado a porta, você já teria saído dali. Sem alternativas, você se sentou na privada que estava de tampa fechada, cruzando as pernas e encarando Sunghoon com uma mistura de raiva e impaciência.

Sunghoon permaneceu na frente da porta, claramente aflito, mas determinado a tentar resolver a situação, mesmo que não soubesse exatamente como. Ele respirou fundo, tentando reunir os pensamentos.

— Eu sei que é estranho, mas... — começou ele, tentando justificar suas ações, mas você já estava farta.

— Mas o quê, Sunghoon? — você o interrompeu, a raiva tomando conta. — Por que você teria fotos minhas? Você bate punheta para elas, é isso?

As palavras saíram de sua boca com tanta força e amargura que Sunghoon ficou imóvel por um momento, seus olhos se arregalando de surpresa e constrangimento. Sua expressão o denunciava, e por um segundo você viu uma sombra de verdade na acusação que fizera sem pensar.

— Puta merda, você só pode estar brincando comigo... — você murmurou, a incredulidade e o desgosto se misturando em sua voz.

Sunghoon, sem saber o que dizer, abriu a boca, mas nenhuma palavra saiu. Ele parecia perdido, como se tivesse sido pego em uma armadilha que ele mesmo havia criado, e isso apenas aumentava a tensão entre vocês dois. A ficha estava caindo, e a realidade da situação era mais perturbadora do que você podia ter imaginado.

Sunghoon parecia realmente perdido e desesperado, mas sua teimosia só aumentava sua frustração. Ele não queria se afastar, queria resolver o que parecia ser um mal-entendido gigantesco, mas suas ações só faziam você se sentir mais furiosa.

— Por favor, Shin, me ouça — implorou ele, a voz soando carregada de desespero.

— E eu vou ouvir o quê? — você retrucou, o sarcasmo e a raiva claros em sua voz. — Já sei tudo, que você é obcecado, entre outras coisas.

Você se levantou e foi até o espelho, aplicando um pouco de batom, um gesto automático enquanto tentava manter a calma. Então se virou para ele, o olhar frio e determinado.

— Eu vou dizer apenas uma vez — você falou com firmeza. — Sai da frente dessa porta agora.

Sunghoon hesitou, sua expressão misturando frustração e um desejo sincero de resolver a situação.

— Não, Shin, primeiro vamos terminar essa conversa — ele disse, tentando resistir e manter a porta bloqueada.

Você deu um passo firme na direção dele, suas emoções à flor da pele. Ele estava cara a cara com você, sua postura implorante e seu olhar de cachorro abandonado só aumentavam sua irritação.

— Por favor — Sunghoon insistiu, sua voz um sussurro quase desesperado. — Só quero que me escute.

— Eu só vou te escutar se você sair da porta — você respondeu, a voz firme e inabalável. — Não vou falar de novo, deixa eu sair.

O silêncio que se seguiu era pesado e carregado de tensão. Sunghoon, vendo a seriedade em seu olhar, finalmente se afastou da porta.

Você se preparava para sair do banheiro quando, de repente, Sunghoon te puxou pelo pulso, agindo com uma força inesperada. Ele te colocou de costas contra a pia, sua mão segurando seus pulsos atrás de suas costas e fechando a porta com a outra. O som do tranco da porta ecoou no pequeno espaço, e você sentiu o calor do mármore da pia pressionando sua barriga.

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