Entre Medalhas e sonhos

Capítulo 1: Olhares que Falam

O ginásio estava lotado, pulsando com a energia dos torcedores que vinham apoiar suas seleções. Nana estava no tatame, ajustando seu quimono e respirando fundo para se acalmar antes da luta. Do outro lado da arena, Luzia Nezzo e suas amigas Carol e Rosa Maria estavam ocupadas tentando encontrar seus lugares na arquibancada.

— Olha só aquela judoca! — disse Carol, apontando para Nana. — Ela é incrível!

— Com certeza! Ela é uma das melhores do mundo e é do nosso país — respondeu Rosa Maria, com os olhos brilhando de entusiasmo. — Estou tão animada para ver ela lutar!

Luzia sorriu, sentindo uma mistura de nervosismo e expectativa.

— Eu também! — disse Luzia, piscando para as amigas.

Quando o árbitro apitou o início da luta, a multidão fez silêncio. Nana entrou em ação com confiança, seus movimentos eram fluidos e precisos. Cada golpe que ela desferia era acompanhado por gritos de apoio da torcida.

— Vai, Nana! Você consegue! — gritou Rosa Maria, levantando os braços em apoio.

Luzia observava atentamente cada movimento de Nana, admirando sua força e determinação. Ela não conseguia desviar o olhar, encantada pela maneira como a judoca se movia no tatame.

Enquanto isso, Nana estava completamente concentrada em sua luta. Ela sentiu a energia da torcida e a presença de Luzia como um impulso extra. A luta estava acirrada, mas com um golpe certeiro, Nana conseguiu derrubar sua adversária.

— É isso! — gritou Larissa da lateral do tatame, enquanto a multidão explodia em aplausos. — Vamoooos!

Nana se levantou e levantou os braços em vitória. A emoção tomou conta dela enquanto ela agradecia à torcida. Após a luta, ela se aproximou do lado da quadra onde Luzia estava.

— Você foi incrível! — exclamou Luzia assim que Nana se aproximou.

— Obrigada! Eu vi você torcendo lá em cima — disse Nana com um sorriso tímido. — Isso me deu forças!

Rosa Maria e Carol não puderam deixar de notar a química entre as duas.

— Olha só as duas! Estão se encarando como se fossem as únicas pessoas aqui — sussurrou Carol para Rosa Maria.

Rosa Maria sorriu maliciosamente.

— É verdade! Quem diria que uma judoca e uma jogadora de vôlei poderiam ter tanta conexão?

Luzia interrompeu a conversa ao perguntar:

— E agora? Qual o seu próximo desafio?

Nana sorriu e respondeu:

— Tenho mais uma luta hoje à tarde. Mas agora quero aproveitar um pouco antes de voltar ao tatame. Você vai jogar depois?

— Sim! Estou super ansiosa para entrar em quadra — disse Luzia, seus olhos brilhando com a antecipação do jogo.

As duas estavam tão envolvidas na conversa que nem perceberam quando Rosa Maria puxou Carol para um canto.

— Vamos dar espaço para elas — sussurrou Rosa Maria enquanto observava as amigas conversarem animadamente.

Assim que as duas amigas se afastaram um pouco, Luzia olhou diretamente nos olhos de Nana.

— Sabe... eu sempre admirei você como atleta. Mas agora que estou aqui vendo você lutar... é ainda mais impressionante!

Nana corou levemente ao ouvir isso.

— Obrigada! Isso significa muito pra mim. E eu sou sua fã também! O jeito como você joga... é simplesmente inspirador!

Nesse momento, o olhar delas se encontrou novamente e algo no ar parecia mudar. Um silêncio confortável pairou entre elas até que Luzia quebrou com um sorriso travesso:

— E quem sabe um dia poderemos nos encontrar fora das quadras?

Nana sorriu de volta, seu coração acelerado.

— Eu adoraria!

Rosa Maria e Carol voltaram nesse momento, trazendo consigo uma energia contagiante.

— Hora do jogo do vôlei! Vamos lá! — gritou Carol animada enquanto puxava Luzia pela mão.

Antes de seguir para a quadra, Luzia lançou um último olhar para Nana:

— Boa sorte na próxima luta! Estarei torcendo por você!

Nana acenou com a cabeça enquanto Luzia se afastava com suas amigas. O coração dela pulava dentro do peito; o dia estava apenas começando e prometia ser cheio de emoções.

Enquanto Luzia se dirigia ao ginásio onde jogaria mais tarde, Nana respirou fundo e se preparou mentalmente para sua próxima luta. A conexão que sentiu com Luzia ficaria gravada em sua memória como algo especial; uma chama que começava a acender entre as duas atletas na busca pela vitória olímpica.