Entre Medalhas e sonhos

Capítulo 2: Emoções à Flor da Pele

O sol brilhava forte sobre Paris, e a atmosfera estava elétrica. O ginásio estava lotado de torcedores ansiosos para ver a seleção brasileira de vôlei em ação contra o Japão. Nana, Larissa e Rafa estavam entre eles, vestindo suas camisetas verde e amarelas, com os rostos pintados e os corações pulsando de emoção.

— Eu mal consigo acreditar que estamos aqui! — exclamou Larissa, saltando de entusiasmo. — É o primeiro jogo da seleção!

— E ainda mais contra o Japão! — completou Rafa, com um sorriso largo. — Vamos mostrar a eles do que somos capazes!

Nana observava tudo com um misto de ansiedade e excitação. Ela não era uma fã ardorosa como as amigas, mas a energia do lugar a contagiava. Enquanto as três se acomodavam em seus assentos, Rosa Maria, uma amiga próxima de Nana e integrante da seleção, apareceu.

— Ei, meninas! Que bom que vocês vieram! — disse Rosa, acenando com entusiasmo. Ela estava radiante em seu uniforme de vôlei.

— Rosa! Você está incrível! — gritou Larissa, pulando da cadeira para dar um abraço na amiga.

Rosa sorriu e então se virou para Nana.

— Você precisa conhecer as meninas do time! Vem comigo!

Nana hesitou por um momento, mas a curiosidade falou mais alto. Elas caminharam até o vestiário temporário das jogadoras. Rosa apresentou Nana para Gab, a capitã do time feminino.

— Essa é a Nana. Ela é uma grande amiga minha!

Gab sorriu calorosamente e estendeu a mão.

— Prazer em conhecê-la, Nana! Estamos todas animadas para o jogo. Espero que você esteja tão empolgada quanto nós!

Nana sorriu nervosamente e apertou a mão de Gab.

— Estou sim! Vai ser incrível ver vocês jogarem!

Enquanto conversavam, Luzia chegou ao local com algumas outras jogadoras. Ela lançou um olhar rápido para Gab e Nana conversando animadamente. Um leve ciúmes começou a surgir dentro dela sem que ela entendesse exatamente por quê.

— Luzia! Vem falar com a Nana! — gritou Rosa.

Luzia hesitou por um segundo antes de se aproximar.

— Oi... — disse ela, tentando esconder seu desconforto.

— Oi! — respondeu ela com um sorriso amigável.

A conversa fluiu naturalmente entre as meninas enquanto Luzia tentava se integrar ao grupo. Mas algo dentro dela estava inquieto; ela não conseguia parar de pensar no quanto Gab parecia tão à vontade conversando com Nana.

O jogo começou e o ginásio explodiu em gritos quando a seleção brasileira entrou em quadra. A energia era contagiante e Nana se viu torcendo junto com suas amigas.

Com cada ponto conquistado pelo Brasil, os aplausos aumentavam e os sorrisos se ampliavam. Quando o jogo terminou com uma vitória impressionante do Brasil, as três amigas estavam radiantes.

— Isso foi incrível! — gritou Rafa enquanto pulava de alegria.

Nana sentiu uma onda de felicidade percorrer seu corpo. Enquanto celebravam, Luzia ficou observando o grupo à distância, ainda sem entender completamente seus próprios sentimentos.

Após o jogo, as meninas decidiram sair para explorar Paris antes do pôr do sol.

— Vamos dar uma volta pela cidade? — sugeriu Raissa Leal, outra amiga que se juntou ao grupo após o jogo.

— Claro! Quero ver tudo! — respondeu Nana animada.

As quatro saíram juntas pelas ruas parisienses, rindo e tirando fotos nos pontos turísticos icônicos como a Torre Eiffel e o Arco do Triunfo. A cidade estava iluminada com uma beleza mágica que deixava tudo ainda mais especial.

Enquanto caminhavam pela Champs-Élysées, Nana começou a puxar conversa sobre o jogo novamente:

— Vocês acham que vamos ganhar todas as partidas?

Larissa olhou para ela com um brilho nos olhos:

— Com certeza! E eu quero ver você gritando mais alto na próxima vez!

Nana riu:

— Vou tentar não ficar tão nervosa!

Raissa então comentou:

— E Luzia? Como você se sente sobre tudo isso?

Luzia estava distraída olhando para o chão enquanto pensava sobre sua conversa anterior com Gab e como isso tinha mexido com ela. Ao ouvir seu nome, ela levantou a cabeça:

— Hã? Ah... eu estou bem!

Mas suas palavras não convenceram ninguém. As amigas trocaram olhares cúmplices enquanto continuavam sua caminhada pela cidade mágica.

O dia estava terminando e as luzes da cidade começavam a brilhar intensamente ao entardecer. E assim continuaram sua jornada por Paris, entre risadas e novas memórias sendo criadas no coração da França.