O que é o amor?
Amaury poderia resumir o amor em cinco letras. Em um metro e sessenta e um. Em olhos claros. Sorriso bonito. Corpo delirante. E para além disso, poderia resumir em tudo oque sentia por Diego.
Para ele, Diego era lar.
Pra onde sempre queria voltar depois de um dia exaustivo. Quem queria abraçar depois de uma crise. Quem queria viver uma vida, mas espera.
Estava indo rápido demais?
De onde surgiu toda essa coragem de falar "eu te amo" pra uma pessoa que não conhecia há um mês?
Pra uma pessoa que conheceu por uma Aposta?
Pra uma pessoa que era pra ser apenas trinta dias?Já se passaram quinze...
Após sussurrar um "eu te amo" para Diego, Amaury arregalou os olhos, se dando conta do peso das próprias palavras. Em um momento de confusão, ele se afastou rápido, fazendo com quê o menor que estava apoiado em seu braço, acordasse.
- Aí, Amaury, que susto! O que foi?
Olhou para o preto que estava o encarando com o semblante assustado. Diego não conseguia entender o porquê, mas poderia ter uma idéia do motivo.
A- Diego, e-eu preciso ir embora.
Disse de maneira apressada, demonstrando um nervosismo que não sabia de onde vinha.
D- O que? Amaury já são quase duas da manhã.
A- Eu sei, ma-mas.... - suspirou - eu quero ir.D- Mas por quê? - Diego sentou-se no sofá, confuso. - Eu fiz alguma coisa?
A- Não, meu bem. Não é nada com você. É que... eu lembrei que eu tenho que resolver algumas coisas, e não posso passar essa noite aqui.
D- Então tá. Se você diz.. Eu te levo até à porta.
Diego levantou, passou pelo maior que apenas pegou a chave de seu carro em cima da mesinha ao lado do sofá e o acompanhou. Na porta, Diego deu espaço para ele passar, e foi oque ele fez. Saiu do apartamento e olhou para o ruivo.
D- Tem certeza que está bem?
A- Eu te vejo depois, Diego.Vendo o outro se afastar, Diego o chamou outra vez.
D- Ei, não está esquecendo de nada não?
Com um sorriso tímido, Amaury voltou para perto do pequeno, e abraçou seu corpo. Diego segurou o rosto alheio entre suas duas mãos, e o beijou devagar. Tão devagar, que fez Amaury sorrir.
A- Eu preciso ir. - Sussurrou ainda de olhos fechados.
D- Vai.. me avisa quando chegar em casa, tá bom?
A- Aviso sim..Selou seus lábios uma última vez antes de andar até o elevador. Diego esperou a porta do elevador se fechar com o preto dentro para enfim, voltar para a sala onde estava.
Saindo do prédio, Amaury sentia seu coração batendo tão rápido quanto um tambor de escola de samba. Estava confuso. Na verdade, "confusão" já poderia estar em seu RG como parte de seu nome.
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Uma Aposta Pra Você
RomanceUma história de amor que começa com uma aposta, pode dar certo?