O dia do concerto na Expofacic finalmente chegou, e a excitação no ar é quase palpável. Desde que Sheila nos contou sobre o evento, todos estavam ansiosos para essa noite. A Expofacic, uma das maiores feiras e festivais de Portugal, oferece uma mistura única de música, cultura e diversão, e a perspectiva de ver Richie Campbell ao vivo faz meu coração bater mais rápido.
Nosso grupo passa o dia explorando a feira, provando comidas típicas, comprando lembranças, e se divertindo com os jogos e atrações. As risadas ecoam pelo parque enquanto tentamos acertar latas empilhadas para ganhar prêmios, e Sheila quase perde o fôlego de tanto rir quando Keyne falha miseravelmente em um jogo de dardos.
Lamine está ao meu lado o tempo todo, segurando minha mão sempre que atravessamos multidões ou quando estamos na fila para alguma atração. Há uma calma entre nós, uma cumplicidade que parece crescer a cada dia que passamos juntos.
À medida que a noite se aproxima, o festival ganha uma nova energia. As luzes brilhantes das barracas e dos brinquedos refletem no céu escuro, criando um espetáculo de cores. Nos dirigimos ao palco principal, onde Richie Campbell logo começará sua apresentação. Sheila está quase pulando de excitação, e sua alegria é contagiante.
— Vai ser incrível, Marina! — ela grita, tentando ser ouvida sobre o burburinho da multidão.
— Com certeza! — respondo, sentindo a adrenalina crescer em mim também.
Conseguimos um bom lugar perto do palco, onde a visão é perfeita e o som promete ser ensurdecedor. Lamine, que esteve tranquilo o dia todo, agora parece um pouco mais agitado. Ele olha ao redor, como se estivesse procurando algo, mas antes que eu possa perguntar o que está acontecendo, as luzes do palco se apagam, e a multidão explode em gritos de expectativa.
Richie Campbell entra no palco, e o público enlouquece. As primeiras notas de sua música enchem o ar, e logo todos estão dançando e cantando juntos. A energia é eletrizante, e eu me deixo levar pelo ritmo, movendo-me ao som da música, completamente imersa no momento.
Sinto Lamine se aproximar, sua mão envolvendo minha cintura enquanto dançamos juntos. Seu toque é suave, mas firme, e eu me perco em seus braços, deixando a música guiar nossos movimentos. Quando "do you no wrong" começa lamine se aproxima.
— Marina, posso te falar uma coisa?
Seu tom é sério, e quando olho para ele, vejo que seus olhos estão brilhando, refletindo as luzes do palco.
— Claro, Lamine. O que foi? — pergunto, sentindo meu coração bater mais rápido.
Ele segura minhas mãos, suas palmas quentes contra as minhas, e me puxa um pouco para longe da multidão, para um canto mais tranquilo onde a música ainda pode ser ouvida, mas as pessoas ao nosso redor não atrapalham.
— Desde que chegamos aqui, tudo parece... perfeito — ele começa, escolhendo as palavras com cuidado. — E estar aqui com você, Marina, tem sido a melhor parte de tudo. Eu sabia que essa viagem seria especial, mas não sabia que seria assim... tão importante para mim.
Meu coração acelera ainda mais enquanto ele fala. Há algo em seu tom que me faz sentir que esse momento é mais do que apenas uma conversa casual.
— Lamine, eu... — começo a dizer, mas ele me interrompe suavemente, colocando um dedo sobre meus lábios.
— Deixa eu terminar — ele diz, sorrindo. — Eu quero que você saiba que eu não quero que isso acabe quando a viagem acabar. Eu quero que a gente continue juntos, não só como amigos, mas como algo mais. Marina, você quer namorar comigo?
Fico paralisada por um segundo, as palavras dele ecoando na minha mente. O mundo ao nosso redor parece desaparecer, e tudo o que resta é o brilho dos olhos dele, a música ao fundo, e o sentimento que cresce em meu peito.
— Sim, Lamine — respondo, minha voz tremendo um pouco. — Eu quero.
O sorriso que se espalha pelo rosto dele é o mais lindo que já vi. Sem dizer mais nada, ele me puxa para um beijo, e tudo parece se encaixar perfeitamente. O som da música, a alegria ao redor, e o calor de seus lábios contra os meus.
-you and i cannot be friends, you should be mine cause im yours- ele canta no meu ouvido quando separamos os nossos lábios.
Quando nos separamos, a multidão atrás de nós explode em aplausos e gritos, como se o universo tivesse conspirado para que aquele momento fosse perfeito. Lamine me segura pela mão, e voltamos para onde o grupo está, ainda sorrindo feito bobos.
Sheila, que percebeu o que aconteceu, nos encara com um olhar cheio de expectativa.
— E então? — ela pergunta, claramente animada.
— Estamos juntos — respondo, incapaz de conter o sorriso.
Ela solta um grito de alegria e nos abraça, e logo todos estão comemorando junto conosco. A noite segue com mais música, dança e risadas, e eu sinto que esse é o início de algo verdadeiramente especial.
Enquanto o concerto chega ao fim e nos dirigimos de volta para a casa, as mãos de Lamine e as minhas continuam entrelaçadas, como se não quisessem se soltar. E talvez não queiram mesmo. Eu sinto que agora, mais do que nunca, estamos exatamente onde deveríamos estar.
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Assim nos despedimos de lamine e marina, com um capítulo curtinho.
Beijão, continuo escrevendo, se vc continuar acompanhando maravilhoso, senão foi ótimo contar com você até aqui.
