OBCECADO | Chanhyunlix

13 › A volta

─ Christopher! ─ Minho gritou enquanto abria a porta do carro, tirando o cinto dele rapidamente, não se importando se estava sendo queimado também.

Os segundos se passavam, o Bang não conseguia sair mesmo com a ajuda que estava recebendo.

O óleo do veículo estava chegando muito perto do fogo, faltavam apenas alguns centímetros e tudo estaria acabado.

O sonho de Christopher, a vida de Minho com seu amado e sua filha, os desejos, as vontades de serem famosos no ramo ilegal.

─ Por Jisung eu dou a minha vida para sair vivo daqui com você! ─ gritou em meio ao desespero, puxando o corpo, que era mais pesado que o seu, para fora do carro, sentindo seu braço esquerdo queimar como nunca, vendo as vestimentas do outro alfa sumirem por conta do fogo que consumia seus joelhos e um pouco das coxas.

Em menos de um minuto o óleo chegou perto o suficiente do fogo para causar a explosão do carro, jogando os dois corpos para fora, estes que caíram no meio da pista.

﹝• • •﹞

─ Fiquei preocupado com você! ─ Jisung começou a dizer assim que entrou no quarto do hospital. ─ Está tudo bem? ─ colocou a bolsa no pequeno sofá e se aproximou do parceiro, tocando seu rosto suavemente. ─ Como seu braço está? Dói muito??

─ Eu vou ficar bem, Sweet, não se preocupe com isso. ─ Minho sorriu, mesmo com dor, via motivos para sorrir perto de seu ômega. ─ Meu braço queimou pouco em comparação com os joelhos e coxas do Christopher.

─ O que aconteceu? ─ Felix perguntou, fechando a porta do quarto.

─ Não sei, o Chris perdeu o controle do carro e bateu. O veículo começou a pegar fogo e eu tirei ele de lá antes da explosão.

─ Sabe o porquê ele perdeu o controle?

─ Faço a mínima ideia, ele disse que tudo no carro estava no local certo e nada parou de funcionar. ─ Minho apontou para a comida que estava em cima da mesinha enquanto falava. Jisung rapidamente foi buscá-la e começou a alimentá-lo. ─ Sinto que alguma coisa aconteceu com ele, não fisicamente ou algo do tipo, ele estava se movimentando bem quando o carro pegou fogo.

─ Está dizendo que pode ter sido algo da cabeça dele? ─ Felix perguntou.

─ Mais ou menos isso.

─ Vou ver como ele está. ─ avisou antes de sair em passos apressados, dando batidinhas na porta do quarto do Bang.

─ Pode entrar. ─ a voz do doutor foi ouvida através da porta. ─ O que te trás aqui, jovem?

─ Sou o ômega do Chris. ─ nem mesmo Felix entende o porquê disse aquilo, mas seu lobo queria que ele falasse.

─ Não sinto a marca dele em você. ─ murmurou o médico.

─ Não chegamos a nos marcar, isso iria acontecer hoje se não fosse pelo acidente.

─ Seu alfa terá de se manter em repouso por longos dias, iremos ficar de olho nele até as feridas começarem a sumir. ─ o enfermeiro terminou de colocar os curativos no Bang e se afastou com a bandejinha em mãos.

─ Ah, como se chama? ─ não entendia o porque seu lobo insistia tanto em saber quem era aquele homem.

─ Choi Soobin, mas pode me chamar como quiser. ─ o enfermeiro sorriu doce, saindo da sala em seguida.

Felix ergueu uma das sobrancelhas, brigando com seu lobo por ele querer que o Lee faça aquelas perguntas relacionadas ao outro.

─ Eu não tenho culpa se sinto um cheiro horrível vindo da alma dele! ─ o lobo se defendeu.

─ Brigo com você depois. ─ resmungou ao ver o Bang começar a acordar. ─ Chris? Como está se sentindo?

─ Como se eu tivesse perdido a minha vida naquele carro.

﹝• • •﹞

Hyunjin se encontrava na recepção do hospital perguntando sobre o paradeiro de Christopher e Minho, queria vê-los, mesmo que tivesse saído da mansão Lee depois de muito insistir para Wooyoung o acompanhar.

─ Se meu chefe souber que estou aqui, serei um homem morto.

─ Fica calmo, Wooy, eu vou conversar com o Sr. Lee e ele vai deixar isso passar.

─ Conversar ou transar com ele?

─ Fala mais baixo! E eu só irei conversar. ─ o Hwang virou e ergueu as sobrancelhas ao ver uma pessoa muito familiar conversando com um dos médicos. ─ Com licença, quem é aquele homem ali?

─ Oh, ele é um importante enfermeiro aqui do hospital, está indo atrás do sonho de ser um médico e parece que ele está indo muito bem!

─ Como ele se chama?

─ Choi Soobin. ─ no mesmo momento em que o nome foi citado, o enfermeiro se virou com um sorriso descarado desenhando os lábios.

─ Que bom ver você aqui de novo.

─ Vocês se conhecem? ─ Wooyoung perguntou com o cenho franzido.

─ Nos conhecemos muito bem, não é? ─ Soobin perguntou docemente, e rapidamente o atirador já entendeu o que estava acontecendo.

A voz forçada em doçura, o olhar desesperado e com medo do Hwang, o corpo do mesmo travado no lugar e o sorriso macabro no rosto de Soobin.

─ Bem, precisamos ir. ─ Wooyoung cortou o assunto e sorriu forçadamente, segurando o pulso do alfa e o puxando para fora da vista daquele enfermeiro, suspirando aliviado quando viraram um corredor e não foram seguidos. ─ Hyunjin?? Está tudo bem??

─ Gosto do seu sorriso. ─ o Hwang sorriu bobo, acariciando a bochecha do outro com o indicador.

─ Sério? ─ Soobin perguntou, passando a língua entre os lábios. ─ Quero te mostrar uma coisa.

─ Hm? Que tipo de coisa? É um buquê? Sabe, você nunca me deu rosas. ─ o alfa fez um beicinho fofo enquanto o outro procurava a pasta.

─ Se lembra de quando transamos a primeira vez? Não curti muito, mas tem algo que eu fiz que eu curti ‘pra caralho. ─ o Choi disse com um sorriso sem vergonha

─ Você não gostou da nossa transa…? O que eu fiz?

─ Não foi especial, eu gostei mais de quando você deu para os meus amigos, eles me mandaram vídeo. As marcas que deixaram em você foram muito bonitas. ─ Hyunjin se encolheu, fechando os olhos, abraçando o próprio corpo. ─ Tsc, eu gravei a nossa transa, de como você engole o meu pau de um jeito… Hm, que pode melhorar.

─ Acha que eu consigo te dar prazer suficiente quando eu melhorar?

─ Com certeza, gracinha. ─ Soobin acariciou abaixo do queixo de Hyunjin, vendo o sorriso bobo voltar nos lábios do alfa.

─ Irei fazer de tudo para ser melhor para você!

─ Eu sei disso.

─ Eu te amo, Soobin. ─ ao dizer aquilo, passou a perna pelo corpo do outro, o abraçando fortemente com um sorriso bem largo e mais bobo que o anterior.

─ Eu sei.