Sleeping Boss And The Onion Knight's Dilemma

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Cena 1: Dentro da Mente de Love

Love estava deitada na cama do hospital, oscilando entre a consciência e um estado de sonho. A pulsação surda em sua cabeça e a dor persistente em sua perna borravam os limites entre a realidade e suas memórias fragmentadas. Sons fracos atravessavam a névoa — um zumbido suave de máquinas, passos distantes e murmúrios gentis. Nesses momentos de silêncio, sua armadura usual de controle e distanciamento parecia derreter, deixando-a crua e exposta.

Seus pensamentos vagaram para seu escritório — seu santuário de ordem e controle. Apesar de seu exterior frio, seu coração estava pesado com sentimentos não resolvidos. As recentes ameaças de morte e as maquinações implacáveis ​​de seu irmão a abalaram mais do que ela admitiu, e ela desabafou sua frustração com aqueles ao seu redor, especialmente Milk.

Milk. Ela quase podia imaginá-la chegando para outra rodada de recados, suas tarefas diligentes, mas aparentemente inúteis. Uma pontada de culpa se contorceu no peito de Love. Milk era eficiente e sincera, e havia algo cativante nela — suas emoções não filtradas e tentativas genuínas. Love frequentemente a observava com uma mistura de irritação e fascínio.

"Ela é diferente dos outros que já ocuparam sua posição antes", pensou Love. "Ela me respeita, mas não tem medo de mim. Ela é inteligente e trabalhadora. Apesar da minha honestidade brutal, ela não tem medo de oferecer suas opiniões."

Ela se lembrou da primeira vez que viu Milk — confiante, quase arrogante, com aquele sorriso contagiante. Love a havia descartado como frívola, uma distração. Mas agora, ela se viu ansiando por aquela presença despreocupada mais do que gostaria de admitir.

"Milk é tão diferente de mim", Love refletiu. "Ela é despreocupada, usa suas emoções na manga. Ela tem essa habilidade de fazer até os piores dias parecerem melhores." Apesar de seus melhores esforços para manter sua fachada de aço, Love se viu amolecendo em relação a Milk.

Uma memória vívida surgiu — um dia em que Milk a pegou olhando. Seus olhos se encontraram brevemente, e Love sentiu um calor estranho no peito. Confusão e apreensão nublaram seus pensamentos, fazendo-a se perguntar: "O que está acontecendo comigo?" Ela rapidamente voltou ao seu trabalho, fingindo que nada tinha acontecido, apesar de seu coração acelerado e bochechas coradas.

Aquele dia tinha sido particularmente difícil. Love fez Milk refazer uma apresentação inteira no último minuto, descartando-a com um aceno de mão. Em parte motivada pelo ciúme, ela disse a si mesma que era raiva pelo flerte que ouviu entre Ciize e Milk. A frustração de Love a levou a sabotar seus planos, um ato mesquinho nascido de um medo mais profundo de perder a atenção de Milk.

Love gostava de ter Milk por perto mais do que admitia. Ela encontrou desculpas para convidar Milk para sua casa, fazê-la comparecer a eventos — qualquer coisa para estar perto dela. Mas seu medo de vulnerabilidade e traições passadas a impediam de reconhecer seus verdadeiros sentimentos. Ela sabia que o amor verdadeiro havia matado seus pais, as memórias ainda a assombravam, mesmo com o passar dos anos.

À medida que as ameaças aumentavam, Love suspeitava que seu irmão estava por trás delas, tentando assustá-la para que se submetesse. Ela nunca pensou que ele realmente a machucaria para obter o poder que acreditava ter direito. O peso dessas ameaças e seus próprios medos criaram uma complexa rede de emoções que ela lutava para navegar.

Em seu estado semiconsciente, o foco de Love mudou quando ela ouviu a voz de Milk — suave, reconfortante e cheia de preocupação genuína. Milk estava sentada ao lado dela, segurando sua mão, falando gentilmente. A presença de Milk era um farol de calor no mundo escuro de Love.

Ela ouviu as enfermeiras conversando por perto. "É a namorada?", uma delas perguntou. "Sim. Elas formam um casal tão lindo", a outra enfermeira suspirou.

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