cap--14

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Helena Clark

Lena...

-Que bom finalmente conhecer minha filha.

Filha?

Sua filha?

Cocei o meu ouvido tentando entender se era isso mesmo que eu tinha escutado.

-Enlouqueceu vei fei? - falei e ele veio me abraçar ignorando minha última fala.

Quando ele chegou perto eu dei um passo para traz mostrando que era para ele permanecer longe de mim.

Logo ouvi a voz do senhor Presvot soar pela sala.

-Lena este é o seu pai...Eu sei que pode ser difícil acreditar mas...

-Dificil não impossível. - sussurrei e ele suspirou.

- Eu percebi a tempos que seus pai não estavam com vc, achei bem estranho então resolvi procurar e encontrei o seu pai.

- É mesmo senhor Presvot?- perguntei demostrando desconfiança. - E aonde exatamente você encontrou meu suposto " pai"?

Falei fazendo um sinal com as mãos quando disse a palavra 'pai'.

Vamos concordar que ele não pode simplesmente tirar meu pai do buraco onde ele se enfiou.

- A Lena por favor né? Hoje em dia vc encontra qualquer um e em qualquer lugar, basta dar uma pesquisada.

Olhei desconfiada pro senhor pai dos oprimidos e desviei o olhar para o senhor Presvot.

Dei de ombros ainda desconfiada mas resolvi ver qual é as intenções desse homem.

Sai pela porta sendo seguida pelo moço que se diz meu pai e o mesmo deu uma ideia de passar o dia comigo para um "dia de pai e filha".

Não concordei nem discordei falei um " para mim tanto faz" e ele assentiu confuso.

[...]

Passei o dia com o homem que vou chamar de "cinzas" já que ele brotou das cinzas da minha mãe.

Ele não é tão ruim como eu pensava.

Ele me levou para tomar sorvete, cinema, praça e agora estamos caminhando até meu apartamento.

Ele me tratava com uma filha e eu o tratava como um cachorrinho que tá me seguindo pra todo lado.

Mendigo.

Fala sério, quem pode me julgar?

O homem some e do nada reaparece como se nada tivesse acontecido.

Que tipo de maníaco sociopata faz isso?

Exatamente o "cinzas".

Logo chegamos ao meu apartamento e eu entro sem fazer muita questão de dar tchau.

Ele vendo esse gesto me abraçou e me deu um beijo na testa, se virou e por fim saiu dando um tchauzinho.

Parece um cigarro torto.

Esquelético.

Subo as escadas e entro me deitando logo em seguida.

Fecho os olhos sentindo a calma e adormeço na minha cama pequena.

[...]

Acordei com um barulho na escada.

Esfreguei meus olhos ouvido chutes na porta que me fizeram pular da cama e sair correndo para a janela.

Minha porta foi arrebentada e eu senti a adrenalina me tomar por inteiro.

Olhei para cada um da queles homens do orfanato.

Contei uns 5 ou mais e então sai pela janela do apartamento.

Meu apartamento era no 3 andar então vocês imaginam o desespero.

Sorri de leve sentindo o vento em minha cara enquanto eu andava na quela fina plataforma que tinha a abaixo da janela.

Pulei no telhado que tinha ao lado do prédio do apartamento e vi que um dos homens estava na janela.

-Ei garota, vem já aqui!

Olhei pra ele e logo ouvi uma buzina que me fez olhar para baixo e para minha surpresa era Jonathan em uma porsche preta,ele colocou a cabeça pra fora da janela do carro lindo em que ele veio e abriu a boca para falar.

- Ei gatinha quer carona?- Dei um sorriso sincero e ele voltou a falar.- Tem espaço no carro,é só pular.

Olhei para o guarda que ainda estava na janela e dei o dedo do meio para ele pulando do telhado logo em seguida.

Cai em cima do carro dando um leve amassado nele me repreendendo por isso.

Aí meu rim.

Digo isso porque vou ter que vender meu rim para pagar isso aqui.

Entrei no carro pela janela e olhei com medo para ele pela batida em seu carro.

Me assustei ainda mais pelo barulho dos guardas batendo nas janelas.

Ele abaixou o óculos que eu nem sabia que estava em sua cabeça e acelerou com tudo me fazendo sorrir pela adrenalina mais uma vez.

Isso me faz sentir viva.

Ele me faz sentir viva.

Ele me salvou e eu nunca vou me esquecer disso.

Continua...

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