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Lorenzo Torricelli.

Aurora foi para a escola. Eu e Miguel estamos no meu escritório, com o departamento de localização.

Vamos localizar a placa do carro do acidente. Vamos ver de quem é o carro e onde ele está.

São umas cinco pessoas; elas encheram meu escritório de equipamentos para isso.

Eu e Miguel estamos andando de um lado para o outro, verificando a cada segundo os equipamentos, para ver se eles já conseguiram.

Eles já estão nisso há quase duas horas e, daqui a pouco, Aurora chega.

— Vai demorar mais quanto tempo? — pergunto impaciente. — Daqui a pouco minha mulher chega e ela não pode saber disso.

— Não vai contar pra ela sobre isso? — Miguel pergunta.

— Não — digo — não quero que ela saiba que sou um monstro, que vou matar quem quer que tenha tentado me matar.

— O velho Lorenzo voltou — Miguel diz, virando os olhos.

— Ele estava dormindo, em um sono profundo — digo normal — mas acordaram ele.

— Achamos! — um dos homens grita, olhando fixamente para o computador.

Rapidamente, corro para o local e fixo meu olhar no computador, observando cada centímetro da tela.

— A placa está no nome de uma tal de — ele desce mais o arquivo — Laura Torricelli Gonçalves... você conhece?

Assim que ele pergunta, olho rapidamente para Miguel, que está me olhando com os olhos arregalados.

— Ela teria coragem de fazer isso com você? — pergunta, verificando novamente o arquivo.

— Não teria, como fez.

Olho novamente para o computador, procurando a localização da pessoa.

— Onde ela está?

— Argentina — diz.

O que diabos minha mãe tá fazendo na Argentina? Não temos nem um parentesco lá, nem empresa, nem nada.

— Me mande a localização para meu celular — digo — quero a localização exata, me ouviu bem?

— Sim, senhor.

Assim que consigo tudo que eu quero, despacho-os e faço o pagamento por celular. Depois que todos já foram, Miguel fecha a porta e vem em minha direção, sentando na cadeira em minha frente.

—Você irá mesmo matar a sua mãe? — ele pergunta, meio preocupado.

— Por que não? — pergunto — ela tentou matar. E justo.

— Mas já largamos essa vida, Lorenzo — diz — por que voltar pra ela?

— É só uma pessoa, Miguel — digo, dando de ombros — isso não significa que vou voltar a ser um assassino de aluguel.

— E se você for pego? — pergunta — e se Aurora descobrir?

— Em primeiro lugar, eu não vou ser pego — digo, me apoiando na mesa com os braços — e, em segundo, Aurora nunca irá descobrir, porque nem eu nem você vamos contar.

— O que eu nunca vou descobrir? — Aurora diz, entrando na sala sem bater na porta.

Rapidamente, olho pra Miguel, pois ele é bem melhor com mentiras do que eu.

— Falei pra você não falar disso aqui na casa, Lorenzo — diz, se levantando — ele está planejando te pedir em casamento em um lugar especial, mas não posso dizer mais. Já falei mais do que devia.

Corações Proibidos - Lorenzo TorricelliOnde histórias criam vida. Descubra agora