Corrompida

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Desde o incêndio já se passaram 15 dias para recuperar a escola e hoje volta as aulas normalmente.
Apresentei alguns documentos sobre os traumas que tive com o incêndio pro meu chefe e ele não ligou, falou que se eu quiser folga eu vá pra rua.
Infelizmente não consigo achar um emprego melhor.
Cheguei para trabalhar e o movimento não estava tão legal, um velho arrogante veio me perguntar se eu poderia me encontrar com ele num beco desértico. Falei para ele que não sou Puta e me retirei e ele jogou café fervendo no meu braço.
Depois que bati meu ponto fui numa farmácia e fiz o curativo lá mesmo.
Meu chefe está a um fiozinho para me demitir não sei o que fazer.
Peguei meu ônibus é fui direto pra escola, chegando lá Antoni já chegou pra encher meu saco.

O que foi dessa vez?—falei sem condições de aguentar mais piadinhas.

Meu Deus garota, você me acha um ser tão horrível assim??—perguntou antoni—eu ia perguntar o que foi que aconteceu.

Ah, foram fazer um carinho diferenciado no meu braço—falei tirando onda.

Ele pegou uma caneta e fez uma flor no meu curativo.

Nossa, uma flor??—perguntei—jurava que você ia fazer uma maconha.

Ele me olhou e riu na minha "piada" sendo que eu realmente jurava que ele ia desenhar uma maconha.
Marcos chegou e a primeira coisa que ele fez foi se sentar com as pessoas que ele estava conversando no dia do acidente.
Para falar a verdade fiquei impressionada que ele ainda demorou um pouco para mudar de "lado".

Quando o sinal do intervalo bateu veio um homem tirar todos das salas por medo de uma situação como aquela de novo acontecer.
Me sentei em um dos banquinhos perto da quadra quando ganhei uma bolada no meu braço enfaixado.
Um daqueles péssimos jogadores veio pegar a bola é não rolou nenhum pedido de desculpas.
Fui para o banheiro ver como ele estava e estava péssimo! Minha pele estava muito fraca, avermelhada e descamando.
Sai de lá tomando o máximo de cuidado possível quando Marcos esbarrou logo no meu braço.

AIII—gritei.

Opa, o que aconteceu?—perguntou ele vendo a situação do meu braço.

Nada, agora com licença—falei brava.

Eu sinceramente não acredito que fiquei 15 gastando meus sonhos com ele.
Depois do que quase aconteceu ele vem fingi que não me conhece e só fala comigo quando esbarra em mim. E olhe que não aconteceu nada!!!

Fui para casa revoltada, por que as pessoas são mais desastradas quando eu tô machucada ??? Incontáveis pessoas esbarraram no meu braço ENFAIXADO só hoje! No ônibus passei uma raiva terrível.
Amanhã eu não vou para a escola nem fudendo, vou aproveitar para fazer hora extra no trabalho.