All because i liked a boy - Walker Scobell

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A relação entre Walker e Emma começou como qualquer outro encontro casual entre jovens. Ele, com uma carreira em ascensão e milhões de olhos observando cada passo, e ela, uma jovem que jamais esperava estar no centro das atenções. O destino os uniu em um set de filmagem, onde Walker estava trabalhando em sua série de sucesso. Emma havia conseguido um trabalho temporário como assistente de produção, uma oportunidade que ela abraçou com entusiasmo, embora sem qualquer intenção de entrar no mundo dos famosos.

Emma sempre foi reservada, satisfeita em manter seu círculo social pequeno e íntimo. Então, quando Walker, o jovem astro de Hollywood, começou a mostrar interesse por ela, a surpresa foi inevitável. A princípio, ela pensou que fosse apenas uma cortesia passageira, algo que acabaria tão rápido quanto começou. Mas Walker era persistente, e a conexão entre eles se tornou inevitável.

Tudo começou de forma simples e inocente. Walker era diferente do que Emma esperava de uma celebridade; ele era gentil, atencioso e genuinamente interessado em conhecê-la. Os dois passaram a sair juntos, explorando a cidade em que estavam filmando. Havia um parque perto do set que ambos gostavam de visitar após um longo dia de trabalho. Walker sempre trazia algo especial para Emma, como uma caixa de Thin Mints, ou uma bebida que sabia que ela gostava. Eles passavam horas conversando sobre tudo, desde filmes e música até seus sonhos e medos.

Certa noite, depois de um dia particularmente estressante, Walker apareceu com um velho boombox e um sorriso travesso nos lábios. “Eu pensei que precisávamos de uma pausa,” ele disse, ligando o aparelho e tocando uma música do Black Eyed Peas, que ele sabia ser uma das favoritas de Emma. Eles passaram horas naquele parque, dançando sob as estrelas, rindo e se divertindo como se o mundo fosse deles e de mais ninguém.

Esses momentos eram preciosos para ambos. Para Emma, eram como uma fuga da realidade; uma chance de esquecer a pressão que sentia por estar tão próxima de alguém tão famoso. Para Walker, era uma forma de se sentir normal, de lembrar que, apesar de toda a fama, ele ainda era apenas um garoto que gostava de coisas simples. A cada encontro, eles se aproximavam mais, e Emma começou a sentir algo profundo por ele. Algo que ia além da amizade.

No entanto, a natureza desse relacionamento não passou despercebida. No set, havia sussurros e olhares curiosos, e as coisas começaram a mudar. Uma foto dos dois juntos, tirada por um colega de trabalho, vazou na internet. O que deveria ter sido um momento privado entre dois amigos logo se tornou um escândalo público.

A reação foi imediata e brutal. Emma, que sempre teve uma vida discreta, de repente se viu no centro de um furacão de críticas e ódio. As redes sociais dela, antes tranquilas e repletas de postagens sobre livros e animais, foram inundadas por mensagens tóxicas. Pessoas que ela nunca havia conhecido começaram a chamá-la de “destruidora de lares” e “vadia”. O ódio era avassalador, e Emma, sem ter ideia de como lidar com isso, se fechou cada vez mais.

Walker tentou proteger Emma, mas ele mesmo estava perdido no caos. A pressão da mídia, a expectativa dos fãs e a sua própria culpa começaram a pesá-lo. Ele não queria que Emma passasse por aquilo, mas também não sabia como afastar as pessoas, como fazê-las entender que ela não era a vilã que estavam pintando. Ele sentia que estava falhando em protegê-la, e essa culpa corroía cada vez mais o relacionamento deles.

Apesar de tudo, eles tentaram continuar. Tentaram manter aquele amor nascente vivo, mas cada dia se tornava mais difícil. Emma estava sufocada pela pressão e pelo medo do que poderia vir a seguir. As palavras duras que lia nas redes sociais se tornavam um eco constante em sua mente, minando sua autoestima e fazendo-a questionar quem ela realmente era. A dor que sentia era quase insuportável, mas o que mais doía era ver Walker sofrer ao lado dela, impotente para mudar o que estava acontecendo.

Chegou o dia em que Emma sabia que não podia continuar. Ela marcou um encontro com Walker no parque onde tantas lembranças felizes haviam sido criadas. Era uma noite fria, o ar estava denso, e as folhas secas caíam suavemente ao redor deles, como uma metáfora silenciosa do fim iminente.

“Walker, eu não sei mais quem eu sou,” Emma começou, sua voz trêmula, mas firme. “Antes de você, eu era só a Emma. Agora, sou apenas a 'vadia' que destruiu sua vida. Como as pessoas podem ser tão cruéis? Tudo isso... por gostar de você?”

Walker, com os olhos cheios de tristeza, segurou as mãos dela. Ele queria dizer algo que aliviasse sua dor, mas sabia que palavras não seriam suficientes. “Emma, você é a pessoa mais incrível que eu já conheci. Não deixe que esses comentários te definam. Eles não te conhecem como eu conheço.”

Emma olhou para ele, e por um momento, quase acreditou que poderiam superar aquilo. Mas a realidade era cruel demais. “Mas isso não importa, importa? Eles já decidiram quem eu sou. E, no fundo, eu sei que eles vão te atacar também, Walker. Eu não quero ser a razão pela qual sua carreira desmorona.”

O pânico tomou conta de Walker. Ele não conseguia imaginar sua vida sem Emma. “Emma, por favor, não diga isso. A minha carreira não importa se eu não tenho você ao meu lado. Eu preciso de você.”

Emma soltou um riso amargo, sentindo o peso da decisão que precisava tomar. “Nós já estávamos desmoronando antes de tudo isso, Walker. Eu não aguento mais essa pressão. E, honestamente, eu não sei se você aguenta também.”

O silêncio entre eles foi como um golpe, pesado e definitivo. Ambos sabiam que a decisão que estavam prestes a tomar era necessária, mas isso não tornava a despedida menos dolorosa.

“Você sempre será o meu favorito,” Emma disse, sua voz carregada de tristeza, antes de se inclinar para ele e finalmente o beijar. O beijo era uma mistura de amor, arrependimento, e despedida, uma última tentativa de se segurarem em algo que estava escapando por entre os dedos.

Quando se afastaram, Walker sentiu como se o ar tivesse sido arrancado de seus pulmões. Ele queria lutar, queria fazer tudo dar certo, mas não sabia como. Emma deu um passo para trás, olhando para ele uma última vez. “Espero que um dia você encontre alguém que possa viver nessa loucura com você,” ela disse suavemente, antes de se virar e caminhar para longe, deixando Walker sozinho no parque, perdido em pensamentos e arrependido de não ter conseguido protegê-la.

Enquanto a figura de Emma desaparecia na noite, Walker se perguntou o que havia sobrado de tudo aquilo. Eles haviam começado tão inocentemente, mas agora tudo parecia estar perdido. Ele se sentia vazio, devastado pela realidade de que o amor, por mais puro que fosse, às vezes não era suficiente para superar o peso do mundo ao redor.

Sem Emma, Walker se viu preso em uma solidão que nunca havia experimentado antes. Ele continuou com sua carreira, mas o brilho nos olhos, que sempre o havia distinguido, parecia ter desaparecido. Cada entrevista, cada aparição pública, era uma lembrança do que ele havia perdido. Ele se tornara um nome ainda mais conhecido, um rosto que as pessoas admiravam, mas por trás da fachada, havia um garoto que simplesmente havia gostado de uma garota e visto sua vida desmoronar por causa disso.

A mídia, como era de se esperar, não deixou o assunto morrer facilmente. Eles seguiram cada passo de Walker, tentando encontrar sinais de que ele havia se recuperado, ou que havia encontrado um novo amor. Mas Walker se mantinha reservado, evitando qualquer tipo de escândalo que pudesse prejudicar ainda mais sua imagem – ou a memória de Emma.

E, no fim, restava apenas a pergunta que ecoava em sua mente: “E tudo isso, para quê?” A resposta parecia tão simples e cruel: tudo isso porque ele gostou de uma garota.

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⏰ Última atualização: Aug 19 ⏰

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