Prólogo.

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    Egoista. Solitário. Fraco. Dependente. São alguns dos adjetivos utilizados, em sua grande maioria, com o intuito de ofender alguém. Adjetivos estes que descrevem Park Jihoon por completo. Corpo e alma.

     O jovem não sabe ao certo quando passou a ser menosprezado e indesejado por aqueles que, um dia, foram seu porto seguro. Sua (até então) família, se foi. Não faleceram, se é isso que quer saber. Entretanto, não enxergam o garoto da mesma maneira. Não depois do acidente que abraçou sua alma.

Seoul, 3 anos atrás.

(22h45)
    
     Estava perdido. Completamente sem rumo, com seu irmão mais novo em seus braços, sem vida. Jihoon não sabia ao certo o que havia acontecido, o baque foi tão forte que prejudicou todos os seus sentidos.

     Sirenes e flashes surgiam no local conforme o tempo passava. A mente de Park estava complemente vazia, sua voz entalada na garganta ao ser questionado pelas autoridades. Logo em seguida, apagou.

(01h03)

     Ao acordar, Jihoon logo se assustou com o ambiente em que se encontrava. Luzes fortes e paredes brancas tomavam conta de seu campo de visão. Não conseguia se mover. Estava entubado, dolorido e traumatizado.

Seoul, presente.

     — Jihoon.

     Uma voz distante o chamava. Estava sonhando? Não, sabia muito bem que esta era sua realidade.

     — Jihoon!

     A voz continuava, dessa vez gritando. Um tom desesperado, como se pedisse por socorro. Jihoon não demorou em reconhecer a voz. Era seu irmão.

     Desde o acidente, o garoto vem escutando estas vozes dentro de sua mente. Flashbacks do momento exato em que tudo mudou ecoavam em suas memórias. Sua vida era um verdadeiro mar de espinhos.

sk8er boi | Sukhoon.Onde histórias criam vida. Descubra agora