Uma Corrida e um chinelo

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Eu saí correndo em direção à rua, tentando escapar da minha mãe que estava com um chinelo na mão. Na rua, havia um grupo de jovens estrangeiros. Eu estava toda desengonçada, rindo e correndo, comecei a gritar chamando o meu pai: "Paaaai, pai, papaaaai!" O grupo de jovens começou a rir da cena, pois perceberam que os novos vizinhos eram um pouco barulhentos, mas gostaram do que estavam vendo. Minha mãe então largou o chinelo e disse: "Ok, ok, tá bom, vamos entrar agora."

Desconfiada, pensei que ela tinha largado o chinelo, então decidi entrar. No entanto, quando passei por ela, ela pegou o chinelo novamente. Eu saí correndo e gritando pelo meu pai outra vez, ficando ofegante, pois agora ela realmente tinha me alcançado e não havia mais para onde correr. Enquanto corria olhando para trás, acabei esbarrando no meu pai sem querer. Cansada, eu caí no chão. Meu pai olhou para minha mãe e disse: "Ei, não seja tão dura com ela."
Quando olham para o chão, vejo que já estou vomitando e passando mal. Meu pai, sempre preparado, tira as bombinhas que carrega com ele por saber que nasci com problemas respiratórios. Com um cuidado profundo e preocupado, ele coloca as bombinhas em minha boca para me ajudar a respirar. Enquanto isso, ele olha para minha mãe e diz: "Olha só a situação dela agora." Minha mãe, por outro lado, está rindo, pois entendemos que era apenas uma brincadeira e eu logo ficaria bem.

No entanto, um dos garotos do grupo de jovens, ao ver a cena, fica visivelmente assustado e corre até mim com uma garrafinha de água. Eu, envergonhada e desconfortável, digo com dificuldade: "Por favor, não olhe, eu não gosto que me vejam assim."

Cobrando A PróximaOnde histórias criam vida. Descubra agora