Quando o Coração Chama

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Depois de uma longa conversa, meus pais me chamaram para entrar. Era hora do jantar. Eu e Allan nos despedimos acenando as mãos, mas nossos olhares diziam tudo, uma vontade mútua de passar mais tempo juntos.  Aquele breve momento foi apenas o começo.

Até a próxima, Allan — disse eu, cheia de esperança.

Próxima? — perguntou  ele, sorrindo.

Fiquei envergonhada, falei sem querer, mas naquele momento tudo o que eu queria era uma próxima vez...

— Nesse caso eu vou ter que cobra-la — disse ele sorrindo.

— Nesse caso terei que aceitar — disse eu, tremendo de nervosismo.

Assim que entrei em casa, um misto de ansiedade e empolgação me acompanhou. Fui direto ao banheiro para tomar um banho, tentando acalmar a mente que girava com os pensamentos sobre Allan. Enquanto a água quente escorria, lembranças do nosso encontro invadiam minha mente: o sorriso dele, o brilho nos olhos, como tudo parecia tão leve e divertido.

Quando desci, ainda com a toalha na cabeça, encontrei meus pais à mesa. Assim que me viram, começaram a rir.

— Hmmmm, no primeiro dia já tá de namorinho, dona Aurora? — minha mãe disse, com um sorriso maroto no rosto.

Meu rosto esquentou instantaneamente, e eu não consegui conter um sorriso tímido.

— Não é nada disso! — respondi, tentando parecer séria, mas minha voz entregava a alegria que eu sentia. — Nós só nos conhecemos!

Meu pai, sempre brincalhão, interveio.

— Conhecer alguém é o primeiro passo, não é? — Ele piscou para mim, fazendo com que eu quisesse me enfiar de volta no banheiro.

— Parem com isso! — eu disse, rindo nervosamente. Mas, por dentro, estava flutuando. A ideia de ter um "namorinho" mesmo que em um sentido leve e divertido me deixava empolgada.

Durante o jantar, meu celular apitou, quebrando a leve conversa que fluía à mesa. Olhei rapidamente para a tela e notei que era uma mensagem, mas estranhei, pois ainda não conhecia ninguém na cidade. Além disso, não havia passado meu contato nem mesmo para Allan.
— Parem de brincar, estou comendo agora! — comentei, um pouco irritada, olhando para meus pais. Eles trocaram olhares, divertidos, e minha mãe respondeu:
— Não somos nós, querida.Curiosa, peguei o celular e desbloqueei a tela. A mensagem de um número desconhecido dizia: "Vim cobrar a próxima."
Um frio na barriga percorreu meu corpo, e a comida quase parou na minha garganta. A frase soava ao mesmo tempo intrigante e empolgante, despertando um misto de emoção e suspense em mim.Olhei para meus pais, que perceberam minha reação, mas antes que pudesse comentar, minha mente se encheu de possibilidades.
Era Allan, e sua mensagem refletia uma confiança, como se ele soubesse que um lugar especial já estava reservado para nós.Aquela mensagem me deixou em um estado de alerta, e enquanto tentava focar na conversa, minha mente divagava, cheia de perguntas. O jantar continuou, mas eu mal conseguia prestar atenção, ansiosa para responder a Allan e descobrir como ele via o que estava nascendo entre nós.

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⏰ Última atualização: Oct 01 ⏰

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