A pessoa mais próxima dele

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O sol escaldante brilhava intensamente, como se tivesse achatado o chão e transformado-o em uma panqueca escaldante.

No deserto, no cruzamento de várias estradas desertas, havia um "castelo" colossal composto de inúmeros itens abandonados, como carros, TVs e computadores.

O exterior do castelo estava coberto de canos entrelaçados, encerrando vários objetos descartados. Centenas de chaminés se erguiam para cima, emitindo fumaça preta com um lamento triste.

Uma figura vestida com uma túnica preta e usando uma máscara prateada estava do lado de fora do portão do castelo, levantando a mão para bater.

A mão da figura vestida de preto parecia ter sido quebrada inúmeras vezes e depois remontada. Linhagens de sangue se cruzavam nela, e várias peças de quebra-cabeça caíram das costas da mão ao bater.

No entanto, a porta continuou sem resposta.

O garotinho, carregando a menina ferida de olhos brancos nas costas, estava exausto como um cachorro enquanto avançava. "Reparador! Pare de se preocupar com seus experimentos. O mestre está aqui! Abra a porta rápido!"

A voz da criança era clara, aguda e penetrante, sacudindo o castelo inteiro com seu som.

A porta se abriu.

Só que ela não abriu; apenas caiu com barulho de dentro para fora.

"Senhor... fui negligente... Por favor, entre e sente-se..."

Uma voz masculina veio do duto de ventilação dilapidado próximo.

A figura vestida de preto pisou no painel da porta caída. O garotinho arrastou a menina às pressas e seguiu o exemplo.

Ranger...

Acompanhado pelo som de engrenagens mecânicas girando, o painel da porta começou a subir, subindo até o topo do "castelo".

Comparado ao fundo caótico cheio de detritos, o topo era ainda mais bagunçado e pior. Inúmeros objetos foram jogados ao acaso, muitos ainda cobertos de manchas de óleo não seco e lodo estranho.

O garotinho pensou consigo mesmo, felizmente nem ele nem o cavalheiro eram maníacos por limpeza. Caso contrário, só de ver esse lugar eles dariam meia-volta e iriam embora, talvez até jogassem uma bomba para trás para limpar tudo.

Uma figura com uma concha de caracol nas costas e dois tentáculos saindo da cabeça estava ocupada em meio à pilha de escombros.

A figura vestida de preto disse: "Reparador, você tem uma tarefa."

O Reparador de Caracóis se virou.

Tinha cabelo preto curto e cacheado, pele muito clara e usava óculos de armação preta com padrões espirais desenhados neles. Sua fala era tão suave e lenta quanto a de um caracol:

"Senhor... reparo... requer pagamento..."

O garotinho resmungou infeliz: "Você é um membro da Judgement Society. Completar tarefas é sobre acumular contribuições nos registros da Judgement Society, ganhando a apreciação do Rei. Por que você ainda está cobrando dinheiro?"

O Reparador inclinou a cabeça, examinando-o através de seus óculos espirais. "C-Criança... pequena... não... não fale... você, você não entende..."

O rosto do garotinho escureceu. Ele odiava quando as pessoas diziam que ele não entendia.

Não era só porque ele não tinha retido suas memórias antes de se tornar um alienígena? Por que todos o tratavam como uma criança, dando-lhe um pirulito quando nada estava errado e dizendo-lhe para ficar quieto quando algo estava?

O transeunte, ele acabou por ser o chefe do fim do mundoOnde histórias criam vida. Descubra agora