-Interlúdio-

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Oito demônios encapuzados corriam por uma campina escura, eram guiados apenas pelo cheiro de morte e pelas luzes de lanternas que tremulavam como penduricalhos de prata no pescoço de uma jovem dama.

O alvo do grupo era um vilarejo pequeno enterrado na lama de um dia de chuva. Casas de madeira pequenas e precárias. Seus habitantes eram universitários e um pequeno número de opostos ao governo as ordens tinham sido dadas lá de cima. Não deixar qualquer vivo, muito menos qualquer evidência de que um dia uma colônia de opositores tivesse existido no meio do nada.

Os demônios de preto e com bandeiras do brasil afixadas as capas chegaram perto da pequena vila, se esconderam no mato alto e ficaram '' de tocaia''. Vigiando o local onde poucas pessoas estavam fora de suas casas, podiam se ouvir festas dos universitários e discursos inflamados de revolução e derrubada do governo fascista e corrupto.

Todos prepararam as armas. Metralhadoras FN-SCAR, por debaixo das capas negras existiam cintos com mais pentes de munição e algumas outras armas, uma faca de combate, poucas granadas e uma pistola Beretta F-92.

Os homens caminharam até o centro da vila, atraindo a atenção de todos que estavam ali. Todos ficaram curiosos com os visitantes sombrios que chegavam ao seu recinto secreto no interior do Amazonas. Um senhor de cabelos grisalhos e óculos toscos caminha até um dos homens estranhos, tropeçando nos próprios pés por causa da idade. Porem era um dos mais sábios que viviam naquele lugar. Pudera, afinal o homem já fora professor de História e Direito, sem falar que era um leitor assíduo de vários tipos de livros

Seu nome era Dionísio da Cunha, meneou a mão na frente do mascarado e o perguntou em voz firme e alta:

-O que vieram fazer por aqui? –O velho professor ajeitou os óculos no rosto, ficou visivelmente irritado pelo silencio assustador dos homens e tornou a falar- Esta é uma comunidade livre do estado! Somos legalmente emancipados por...

Não é necessário dizer que ele fora interrompido por um tiro no seu velho fígado e outro no pescoço, os homens se armaram, e diante de gritos, choros e súplicas de pessoas indefesas, eles transformaram o pequeno vilarejo em um rio de...

*** Toda essa violência banal e explicita foi censurada pelo bem da família tradicional brasileira, obrigado pela sua compreensão prezado cidadão***

-Governo Deonista do Brasil-

Manaus 15/09/2024

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⏰ Última atualização: Jul 11, 2015 ⏰

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