Olhos de Gato - (TogaSaku)

Prólogo

Nota inicial: Bom... É, estou escrevendo uma fanfic sem nem ter terminado as outras. Alegria! :D
Estava passando pelo Pinterest e encontrei artes do Sakura como gato e Togame cuidando dele, então pensei: "por que não?", e cá estou eu!

Espero q gostem! Boa leitura.

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Prólogo

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— Que calor! — resmungou Sakura, limpando a testa pela milésima vez.

   Ao seu lado, Suo riu baixinho, comentando que Sakura era muito sensível ao calor, enquanto Nirei lhe estendia uma garrafinha d'água. Sakura revirou os olhos, mas aceitou a água de bom grado. Sinceramente, nem ele entendia direito porque estava com tanto calor. O dia estava fresco, com o vento suave passando pelo seu rosto. Ainda assim, seu corpo continuava esquentando – até mesmo na sombra, escondido do sol.

— Você está com febre, Sakura? — perguntou Kiryu, inclinando ligeiramente a cabeça.

— O quê? Claro que não. — respondeu Sakura, jogando um pouco de água na cabeça.

— Tomamos chuva ontem. Tem certeza de que não pegou um resfriado? — Nirei perguntou, preocupado.

   Sakura revirou os olhos novamente.

— Não estou doente.

— Mesmo assim, vá para casa hoje e descanse. A gente cuida da patrulha. — disse Tsugeura, cruzando os braços.

— Eu não... — Sakura começou, mas foi interrompido por Suo.

— Nós cuidamos de tudo, Sakura. Pode ir descansar — disse ele, sorrindo gentilmente. — Confie em nós.

   Sakura mordeu os lábios, hesitante. Confiar. Ele vinha tentando há muito tempo confiar cegamente em seus companheiros – não! Seus amigos — mas era uma tarefa difícil. É complicado relaxar perto das pessoas quando você está acostumado a sempre manter a guarda alta e desconfiar de todos. Ele encarou seus amigos por um instante, então suspirou, assentindo levemente com a cabeça.

   Havia prometido a eles e a si mesmo que mudaria. Que aprenderia a confiar em todos.

— Eu... Tudo bem.  — ele cedeu por fim.

   Seu rosto esquentou brevemente, se sentindo envergonhado pelos sorrisos que eles lhe mandaram. Sorrisos alegres. Sorrisos orgulhosos. Sakura havia recebido muitos desses sorrisos, e nada o alegrava mais do que vê-los direcionados a ele. Para Sakura, eles eram como um presente. Uma recompensa por ações que ele considerava banais, mas que, para os outros, pareciam ser especiais.

   Sakura sentiu seu corpo ser empurrado, enquanto leves tapinhas eram dados em sua cabeça e ombro. Não protestou nem reclamou; apenas aceitou ser praticamente forçado a voltar para casa. Confiava que seus companheiros dariam uma desculpa aos outros membros — ou, talvez, contariam a verdade, o que certamente resultaria em Nirei e Suo invadindo sua casa para deixar mais presentes de cada membro.

   Sakura se despediu de seus amigos, que o encorajaram a descansar, e seguiu para casa com um desconforto insuportável, sua possível febre piorando a cada passo. Ao chegar em casa, Sakura mal conseguia se concentrar. Sua cabeça estava latejando, fazendo uma tontura o atingir. Caminhou cambaleante até seu fuuton, tirando o máximo de roupa que conseguia no caminho – a jaqueta da Bofuurin sempre foi tão quente assim?

   Sem hesitar, ele se lançou no fuuton, com a respiração ofegante e o corpo coberto de suor. Tentou se refrescar com o contato do tecido fresco contra sua pele quente, mas o calor não diminuía. Sentia como se estivesse em uma fornalha. Sua cabeça girava a cada respiração. A febre se espalhava por seu corpo. O suor escorria de sua testa, tornando o futon úmido e desconfortável. Era quase insuportável.