GlassHeart - 𝘘𝘶𝘢𝘯𝘥𝘰 𝘖 𝘛𝘦𝘮𝘱𝘰 𝘙𝘦𝘷𝘦𝘭𝘢 𝘖 𝘊𝘰𝘳𝘢𝘤̧𝘢̃𝘰.

Capítulo 8

Só para vocês saberem a tradução quando essas palavras aparecerem:

mon cœur - Meu coração

mes cœurs - Minha copas

Esse capítulo terá apenas um Pov e será da Chloe, se vocês chorarem sabe que eu chorei escrevendo também

Boa leitura!.

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Chloe Pov 👑

O sol já estava se pondo, mas ainda assim seus poucos raios batiam na água e onde eu e Red estávamos.

Os outros haviam ido embora, deixando apenas eu e a garota no coreto. Depois de passarmos um tempo conversando, Red ajeitou seu corpo em cima das inúmeras almofadas que estavam espalhadas pelo chão e então apoiou sua cabeça em meu colo.

Encostei-me no pilar e então acariciei levemente as mechas vermelhas do cabelo da garota, apoiando a minha outra mão em sua cintura. A garota suspirou e então segurou minha mão, entrelaçando nossos dedos.

Red não disse mais nada e eu muito menos. Estávamos em um silêncio confortável ali, a brisa fresca batendo em nossos rostos, o lindo pôr do sol à nossa frente e nossos corações, que ainda estavam conectados, batendo ao mesmo ritmo.

Enquanto mexia em seus cabelos, percebi a respiração da garota suavizar. Levemente, me inclinei para o lado e a vi dormindo serenamente, o que me fez abrir um pequeno sorriso.

- Está dormindo, mon cœur? - sussurrei perto de seu ouvido, não obtendo nenhuma resposta. - Sabe, eu tenho tantas coisas para dizer a você. - Abri um pequeno sorriso. - Antes de vir para Auradon, não sabia o que esperar, se iria conseguir fazer amizades e se conseguiria me encaixar nos padrões dos outros alunos. - Respirei fundo, fechando os olhos por alguns segundos. - Até porque o padrão de vida que eu vivo é tão diferente dos outros; bom, é o que eu acredito. - A garota se mexeu por alguns segundos, mas manteve os olhos fechados. - Me imaginei me apaixonando, mas não tinha ninguém em mente, apenas queria sentir meu coração acelerar e aquele calor no corpo quando a pessoa chega perto, as mãos frias e a boca seca apenas por desejar tanto a pessoa que seu corpo se desliga por breves momentos. - Abri um pequeno sorriso, deixando um beijo leve em sua testa. - Depois que conheci você, antes da nossa viagem no tempo, eu imaginei que, de todos aqui, a única que eu iria querer distância era você. Irônico, não acha? Pois agora tudo que eu desejo é sentir você perto, ver seu sorriso e sentir o calor dos seus lábios nos meus, o cheiro do seu perfume de rosas e seus olhos castanhos que têm uma profundidade maior do que minha alma seria capaz de chegar algum dia. É algo irradiantes, assim por dizer, quase que poético. - Soltei um riso baixinho e então senti meus olhos marejarem. - Já amou alguém tanto ao ponto de sentir seu coração doer? De sentir calafrios apenas em imaginar essa pessoa longe? - Red continuava dormindo, agora com as luzes do sol batendo em seu rosto, iluminando-o por completo. - Pois eu me sinto assim por você, mes coeurs, completamente e perdidamente apaixonada por você. - Levemente, passei meu dedo da sua testa até a ponta de seu nariz em um carinho suave, quase que nulo, para não acordá-la. - E isso me apavora; na verdade, me deixa aterrorizada de maneira que eu nem poderia explicar. Me dá uma certa ansiedade toda vez que se aproxima de mim, me sinto leve quando sinto suas mãos me tocando e absurdamente feliz quando seus olhos brilham ao me ver. E então meu coração dispara e eu sinto uma pequena pontada que chega a me sufocar ao ponto de perder completamente meu ar. - Senti minha voz vacilar. - Eu não me imagino sem você; minha vida perderia todo o sentido. -Respirei fundo e susurrei: Você não apenas roubou meu coração para si, mas minha alma por completo. Eu sou sua por completo, hoje, amanhã e para sempre.- Abri um pequeno sorriso, tentando controlar as lágrimas que caíam. - Talvez agora eu entenda o que significa 'chorar de amores' por alguém.- Encostei minhas costas no pilar e, então, respirei fundo e soltei o ar lentamente. Meu corpo doía um pouco, e meu coração seguia descompassado - como tem acontecido todos os dias desde que meus olhos cruzaram com os seus cálidos olhos cor de mel. - Você disse que não gostava de história; aproveitando que está dormindo de forma totalmente adorável, aproveitarei e te contarei uma.- Delicadamente, segurei o seu corpo e, então, movi o meu para frente, puxei uma almofada que tinha ao meu lado, uma almofada consideravelmente grande, cuidadosamente tirei a cabeça da garota no meu colo e, então, a deitei corretamente entre as almofadas, ficando deitada ao seu lado. ‐ Um dia, se me permitir, irei contá-la olhando para seus lindos olhos. - Retirei uma mecha de seu rosto, deixando-o livre para que eu pudesse admirar cada pedacinho, como se decorá-lo fosse uma necessidade minha. - Então... Em um dia chuvoso, onde as árvores se moviam violentamente e o vento assobiava do lado de fora, uma pequena princesa andava pelos corredores do seu imenso castelo à procura de um lugar onde se sentiria segura. Ela andava a passos rápidos pelos corredores, sendo obrigada a parar e se encolher no chão toda vez que um trovão estourava e os raios clareavam o grande céu, obrigando-a a respirar fundo por alguns segundos antes de continuar sua procura. O castelo tinha vários corredores e portas para todos os lados, mas, para a infelicidade da pequena princesa, todos os quartos tinham janelas de vidro cobertas por cortinas brancas de linho, o que não a impediria de ver os raios cortando o céu.