Capítulo Único

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Notas da tradutora: Avisos!

A história não me pertence. Se trata de uma tradução de uma obra presente no AO3.

A obra contém mpreg(gravidez masculina).

Realizada revisão antes de postar, porém caso encontrem erros podem comentar que corrigimos.

***

Harry sabia o que o esperava enquanto avançava em direção à área proibida.

A terra estava coberta por um espesso manto de escuridão que dificultava seu caminho. Mesmo com seus óculos, Harry mal conseguia distinguir o chão rochoso que pisava. A tentação de voltar ao castelo se tornava cada vez mais forte. O vasto céu estava desolado, sem a presença brilhante das estrelas sob a lua resplandecente. Ele sabia que seu corpo se tornaria algo parecido. Vazio. Morto.

Ainda assim, ele continuava avançando.

Pedras afiadas pavimentaram o caminho para a floresta, cravando-se nas solas finas de seus sapatos. Harry se perguntava se aquilo iria doer. Depois disso, para onde iria? Pensamentos sobre sua mãe enchiam sua mente. Ele se perguntava se era possível que pudessem se encontrar.

Com cada passo que dava, ele começava a entender lentamente o que ela sentiu naquele dia.

A floresta estava inquietantemente silenciosa, exceto pelo farfalhar das folhas sob seus pés. Não havia uma única alma entre as árvores. O vento da primavera soprava com força, agitando tudo em seu caminho e movendo as folhas dos altos carvalhos. O menor toque desse vento frio contra sua pele o fazia tremer.

Harry apertou os punhos. A fotografia em preto e branco que segurava na mão rangeu suavemente enquanto se amassava em seu firme aperto. Ele a levava para todos os lugares. Sempre, guardada em segurança no bolso enquanto fugia. Passou noites em claro apenas olhando para ela. Quando se sentia desesperado e com medo. Quando precisava de força e calor.

____

Malfoy parecia completamente apavorado quando Harry o arrastou para frente, levando-o ao seu lado enquanto apontava diretamente para a imagem de um bebê embrulhado sob o rosto bordado de Malfoy. A Tapeçaria da Família Black parecia imensamente antiga. As cores vibrantes tinham desbotado com o tempo, mas o fio dourado ainda brilhava o suficiente para lhes mostrar uma grande árvore genealógica.

O tecido sob a imagem de Malfoy tinha dois nomes: Draco Malfoy e Harry Potter. Malfoy empalideceu enquanto seus olhos seguiam o fio que conectava seu nome, seus nomes, com o bebê embrulhado.

—Explique isso —disse Harry com os dentes cerrados.

Malfoy olhou para Harry com os olhos arregalados. Sua garganta se contraiu. Harry o observou enquanto ele recuperava a compostura. Os lábios de Malfoy se apertaram e depois se curvaram em uma careta desdenhosa.

—Você ordenou ao seu elfo que aparecesse na Mansão, colocasse minha vida em perigo e me arrastasse até aqui só para isso?

Harry apertou a mandíbula e fixou Malfoy com um olhar severo.

—Você não pode enganar ninguém, Malfoy. Sabe o que isso significa.

Porque ele sabia. Tendo crescido em uma família de sangue puro, Malfoy não poderia não saber o que aquilo significava. Diferente de Harry, que precisou chamar Monstro quando finalmente cedeu à sua curiosidade. Ele passou dias apenas olhando a imagem, perguntando-se por que seu nome estava bordado ao lado do de Malfoy. E por que estava conectado a uma imagem embrulhada que havia aparecido misteriosamente abaixo. Ele tinha certeza de que não estava lá da última vez que esteve em Grimmauld.

O seu pai foi para a guerraOnde histórias criam vida. Descubra agora