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                      T3ddy pov on
Acordo e imediatamente olho o relógio do meu celular e percebo que já devia estar fazendo minha higiene matinal para ir à escola.

Logo após a realização de que deveria apressar as coisas, já me encontrava no chuveiro. A água, que fora escolhida para cair enfurecidamente quente, deixava minha pele mais rosada do que deveria e eu não me importava nenhum pouquinho.

Desodorante passado. Perfume no pescoço, pulso e atrás da orelha, também já realizados e imediatamente me sinto cheiroso e acolhido com o perfume da Jequiti do Carlinhos maia, um grande ídolo meu.

Suspiro de forma cansada vendo o dia que iria vir à frente, porém assim que olho para o pôster do hulk magrelo, pregado em meu quarto, sorrio de ladinho e realizo minha oração diária ao vosso esverdeado.

Olho para a minha janela, que por sinal tinha uma bela vista ao nosso morro do cocô, e percebo que o dia estava mais nublado e consequentemente com a umidade que, eu conseguia sentir pelo ar.

decido por um casaco, pois além do mais, as salas costumam ter algum meio de ventilação, então realmente era bom se prevenir.

assim que estava com minhas vestes que,  seguiam as normas escolares, a calça e a blusa, que independentemente da forma que estivessem, estaria coberta pelo casaco, que eu havia vestido anteriormente.

O meu iPhone 21 pro max, cor neon, 128gb, com película fosca de privacidade e slot para dois chips, toca, despertando minha atenção.

Eu me aproximo e vejo que era minha amiga Larissa Machado. Reviro os olhos e desligo na cara dela, e só mando uma mensagem no grupo avisando que eu já estava quase pronto para ir.

Anitta por morar mais próximo da minha casa, costumava me esperar para ir, para então seguirmos o mesmo caminho, geralmente conversando sobre diversas coisas, assuntos como a inflação do Brasil, filosofia e revolução industrial.

No momento já estava na cozinha, vendo cidade alerta tocar na velha tv da casa,  enquanto passava a manteiga no pão.

minha mãe que estava servindo o café para mim e para ela, se senta na cadeira com um suspiro preocupado.

— tem certeza que é uma boa ideia ir à escola hoje? Não vê o que tino junio está falando?

reviro os olhos e sorrio positivamente — Eu sei, dona Rosa, mas acontece que, nem sempre a record está certa, e-

a mais velha diz em um tom rigoroso que servia mais como um aviso — Lucas você sabe como o seu primo nakada morreu, não sabe?

— Sim, eu sei. Mas quem não sabe desviar de bala perdida? Puff, Ele foi desatento, só isso.
tento aliviar a conversa mas a minha mãe apenas toma o café de forma acelerada e deixa a mesa, desistindo de discutir qualquer coisa comigo.

termino o café da manhã enfiando um pacote fechado de biscoito maisena, como aperitivo para algum tipo de intervalo, e logo vou em direção a porta, obviamente depois de ter dado um beijo sútil no rosto da minha mãe, como foi-me ensinado.

A porta é fechada e uma oração para um caminho tranquilo foi realizada ao vossa trindade, Hulk magrelo, olho que tudo vê.

Subo o morro um pouco pensativo em relação as palavras da minha mãe. Embora fosse comum tiroteios e bala perdidas no morro do cocô e até esfaqueamento

As palavras da mulher vivida, me fizeram refletir se eu teria o mesmo destino que o nakada.

balanço a cabeça em reprovação aos meus próprios pensamentos negativos e sigo o caminho.

Percebo uma movimentação de alguns garotos e garotas, que pareciam estar assustados

Paro de andar, e sinto minhas pernas fraquejarem.

Passos subindo o morro são ouvidos me fazendo sentir a necessidade de recuar

Logo tomo visão que era somente um palhaço com algumas bexigas, e um sapato, comicamente barulhento para animar algumas crianças. Também era perceptível a infelicidade do homem por trás da tintura facial.

agora mais aliviado, deixo o ar se soltar do meu pulmão suavemente e logo atravesso a rua, para a casa de Larissa Machado, que dessa vez não fora me buscar. Quando chego lá, grito pelo nome dela, a mãe dela em vez disso, diz:

— Olioti, A Larissa não irá ir à escola mais.
a mulher que carregava uma postura protetiva e defensiva diz, cruzando os braços.
Antes que eu pudesse responder, a mulher me corta e diz — Você não deveria também. A volta será bem perigoso, você sabe disso!
— Vocês são muito alienados. Houve algum comunicado oficial do dono do morro? - Lucas pergunta em um tom um pouco provocativo.
A mulher grunhe em desaprovação
— Eles não se importam em quantas vidas serão destruídas por acaso.
fico em silêncio e ajeito a gola da minha mochila, mostrando que iria continuar o caminho.

— Esse menino precisa é de um bom pastor.  a mais velha suspira e entra para casa, trancando a porta com todas as trancas possíveis.

MY DEAR FAVELADO = F3ddyOnde histórias criam vida. Descubra agora