Um clichê diferente

Chapter 1

Oiii pessoas lindas do Wattpad :3
Vim aqui trazer uma versão melhorada de uma das minhas histórias mais famosas do Wattpad, em outra conta minha, mas como tive muito tempo para melhorar minha escrita, resolvi postar a versão 2.0 dessa história...
Espero que gostem, meus queridos leitores.
E boa leitura nessa mágica aventura.
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Na movimentada cidade de Seoul, uma sensação de serenidade pairava no ar, com pessoas apressadas transitando como de costume. Conversas animadas ao telefone, casais apaixonados explorando a cidade, todos irradiavam alegria. Infelizmente, essa não era a mesma atmosfera que eu estava respirando hoje. Se isso soa confuso, deixe-me recapitular um pouco para que você compreenda os eventos em curso.

8 meses antes...

Naquele momento, eu, com meus 17 anos, estava partindo do lugar que havia moldado toda a minha infância. Uma mistura de raiva pela vida e descontentamento com o mundo me consumia. Por que eu ainda persistia aqui? Por que não desisti quando tive a oportunidade? Essas eram perguntas sem respostas claras. Contudo, uma coisa era cristalina: a dor de perder minha mãe, a joia mais preciosa da minha vida.

A imagem do acidente ecoava incessantemente em minha mente enquanto eu seguia em direção ao orfanato, minha nova morada. A cada vez que revivia aquele fatídico momento, meu coração parecia fragmentar-se ainda mais. Se apenas não tivéssemos saído de casa, se eu não tivesse escolhido aquele maldito banco traseiro, talvez eu estivesse ao lado de minha mãe agora.

Recomeçar a vida é uma tarefa árdua, mais ainda quando você está saindo de uma cidade pequena para um orfanato na metrópole. Conhecer Seul seria uma jornada desafiadora. Forjar novas amizades, trilhar novos caminhos, almejar novos objetivos acadêmicos - tudo isso era parte do desafio. Não posso fingir ignorância quanto ao fato de que faltam apenas 3 meses para completar meus 18 anos. Devo me concentrar para ser aceito na Universidade Nacional de Seul.

Absorvido em meus pensamentos, nem percebi que havia chegado ao meu novo lar. Um sopro de animação perpassava o nervosismo ao pensar se teria ou não um colega de quarto. Não que estar sozinho fosse ruim, mas uma amizade poderia ser o ponto de partida ideal para essa nova etapa.

Ao descer do carro, rapidamente peguei minhas malas, ansioso para ir até a recepção. O orfanato, simples por fora, tinha um jardim exuberante na entrada. O prédio, alongado, abrigava crianças e adolescentes. Sua coloração verde-musgo lembrava-me um cacto. E cactos, por algum motivo, eu adorava. No interior, o ambiente era acolhedor como a casa de uma avó, uma lareira imponente no saguão e uma mulher sentada atrás de um balcão, absorta em seu computador.

"Olá!" Cumprimentou ela, revelando um rosto adornado por cabelos castanhos que alcançavam seus cotovelos. Maquiagem sutil realçava seus olhos grandes e escuros. Um sorriso caloroso iluminou seu rosto, mesmo que seus aparelhos dentários discretos pudessem ser notados. "Você deve ser o Do Kyung-soo. Prazer, sou See Book-soo", ela se levantou e fez uma reverência, à qual eu correspondo.

"Olá! Sim, sou eu mesmo. O prazer é meu, Sra. Book-soo", respondi com simpatia.

Ela ofereceu-se para me conduzir aos meus aposentos, compreendendo o cansaço de viagens repentinas, ainda mais após passar por um trauma como o meu. Os corredores eram preenchidos com crianças brincando e correndo, um contraste doloroso com meu próprio fardo. As portas de madeira, com detalhes em verde, lembravam raízes de árvores.

"Este é o seu quarto. Espero que goste e se sinta em casa. Seu colega de quarto saiu, mas não se surpreenda quando ele voltar. Se precisar de algo, há um botão ao lado da sua cama. Bem-vindo ao seu novo lar, Kyung-soo", ela se afastou e fechou a porta.