Capítulo 3

410 56 9
                                    

Severus não consegue acreditar que deixou isso acontecer. Não consegue acreditar que ele permitiu que Potter se esfregasse nele em uma estufa, sem nenhuma medida de precaução, nem mesmo um feitiço silenciador.

É absurdo. Inapropriado. Imprudente e errado.

E Merlin, Severus nunca em sua vida esteve tão duro.

Em um mundo onde ele fosse menos homem, Severus teria agarrado Potter, dobrado-o sobre a mesa de trabalho e enfiado sua cabeça na mesa, e então o teria fodido até deixá-lo cego.

Mas Severus não é esse homem.

Em vez disso, ele está em um mundo onde agoniza sobre a crueldade de sua vida, da criação como um todo. A injustiça de tudo isso. Tortura.

Porque é uma tortura, assistir Potter na aula, todo ardendo, olhares verde-escuros e lábios mordidos, sorrindo e franzindo a testa e olhando... A mente de Severus não ajuda em nada a manter sua irritação sob controle, pois tudo o que ela faz é pintar imagens vívidas do rosto extasiado de Potter, seus lábios entreabertos e machucados, suas pupilas dilatadas, seu abandono, durante todos os seus dias e nos momentos mais inconvenientes.

É realmente uma tortura.

Assistir Potter, mas não poder tocá-lo, é um tormento.

Não poder tocar em Potter apesar dele obviamente querer e implorar por isso – Pandemonium.

Na próxima vez que Potter aparecer em seu escritório depois do expediente, protegendo a porta e se aproximando dele com os ombros eretos e os olhos brilhando, Severus sabe que não pode deixar de tocá-lo.

Porque ali está o rosto de batalha de Potter. O rosto que Severus prefere nele, porque é tão fácil de entender, tão fácil de lidar. Exceto que não é o rosto que ele quer ver nele.

Ele quer ver Potter gozar.

Ela queima forte e quente em suas entranhas, primitivo, ganancioso e desesperado, e quando Potter para ao lado dele, Severus se deixa levar por um beijo rude sem protestar.

Ele agarra o jovem pelo suéter e o puxa para baixo, movendo suas pernas até Potter sentar de lado em seu colo. Potter faz um som surpreso no fundo da garganta e seus dedos vêm agarrar o cabelo de Severus firmemente enquanto o beijo se aprofunda.

É inebriante, o calor de Potter contra suas coxas e frente, seus dedos contra seu couro cabeludo, os sons suaves que escapam dele entre beijos. Severus se sente bêbado com isso, chapado fora de si, e ele precisa ver aquele rosto de novo ou então ele vai explodir.

Ele empurra a cadeira para trás, com um forte raspar nas lajes, fazendo Potter perder o equilíbrio. Severus o firma com ambas as mãos enquanto seus rostos se afastam.

— Mova sua perna para cá — Severus diz asperamente, e Potter levanta uma sobrancelha surpresa para ele.

— O que deu em você hoje? — ele pergunta sem fôlego, deslizando a perna no colo de Severus em ansiosa obediência.

— Quieto — Severus rosna. Ele empurra Potter para trás até que a parte inferior de suas costas repouse contra a borda da mesa, e lhe dá um longo olhar. Seu peito está arfando, suas bochechas rosadas e seus lábios corados, ligeiramente separados em confusão. Uma sobrancelha enrugada sobre aqueles olhos brilhantes.

— O que houve? — ele pergunta.

Severus zomba.

— Bem, antes de tudo, tudo isso — ele fala lentamente, gesticulando para Potter, excitado e adorável em seu colo.

Like Lovers Do | SnarryWhere stories live. Discover now