Capítulo 28 - Decisão e negação

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mãe de Malia, com uma expressão decidida, olhou para os amigos da filha, que a rodeavam, e respirou fundo.

— Obrigada a todos por terem vindo — começou ela, a voz firme, mas com um leve tremor. — Eu chamei vocês aqui para compartilhar uma decisão importante. Malia e eu vamos nos mudar para outra cidade.

Um silêncio chocante tomou conta do ambiente. Olhos arregalados se encontraram, e a incredulidade era palpável. Esther, foi a primeira a reagir.

— Por que você quer levar Malia para longe de nós? — perguntou ela, a raiva misturada com a tristeza. — Ela pode lembrar de nós!

Esther estava frustrada, suas palavras saíram como um grito contido, e a dor de perder sua garota era demais e se manifestava em cada sílaba.

— Esther, você já não causou sofrimento suficiente em minha filha? — a mãe de Malia respondeu, com a voz elevada.

A tensão aumentou, e as emoções estavam à flor da pele. Pedro, um dos amigos mais próximos de Malia, não conseguiu se conter.

— Se você a ama, deixe-a ir embora e ser feliz! — declarou a mãe de Malia, desafiadora.

— Por que a senhora quer tanto impedir o amor de Malia e Esther? — Pedro questionou, a raiva transbordando de suas palavras.

Bia, que até então permanecera em silêncio, finalmente se manifestou. Ela controlava a raiva, mas sua voz era clara e firme.

— Você deveria estar prezando pela felicidade de sua filha! — disse ela, apontando para Malia, que escutava tudo em silêncio, o coração pesado.

— Eu sou a mãe dela! Eu sei o que é melhor! — a mãe de Malia disparou, furiosa. — Só estou comunicando. Já está decidido.

— já comprei as passagens só estou comunicando vcs, então se despedem de Malia pois vcs não verão mais ela. — diz mãe de Malia saindo do quarto de hospital.

— Amor! Você não pode me deixar — Esther implorou, segurando Malia com toda a força que tinha, como se pudesse ancorá-la à realidade que conheciam. O desespero em sua voz era palpável.

Malia olhou para Esther, a confusão em seus olhos refletindo o turbilhão de emoções que a envolvia. Havia algo familiar na garota loira que a abraçava, mas sua mente estava turva, como se estivesse tentando alcançar uma lembrança que se escondia nas sombras.

— Seu nome é... — Malia começou, uma expressão de concentração se formando em seu rosto. — Est...

De repente, uma pontada aguda de dor atravessou sua cabeça, e ela parou abruptamente, levando uma mão à têmpora. A sensação era como um choque elétrico, e o mundo ao seu redor parecia girar.

— Malia! — Esther exclamou, soltando a amiga e olhando para ela com preocupação. — O que está acontecendo? Você está bem?

Malia fechou os olhos por um momento, tentando dissipar a dor e a confusão que a invadiam. O espaço ao seu redor parecia se distorcer e, em meio a tudo isso, ela sentia uma conexão intensa com Esther, mas não conseguia compreender a profundidade desse vínculo.

— Eu... não sei o que está acontecendo — Malia respondeu, a voz fraca. — Eu não consigo lembrar...

O desespero começou a tomar conta de Esther novamente, mas ela sabia que precisava ser forte. Ela se aproximou de Malia, pegando suas mãos nas dela.

— Olha, Malia, você pode não lembrar agora, mas nós temos uma história juntas. Você é importante para mim, e eu sempre estarei aqui para você — disse Esther, a determinação em suas palavras crescendo.

Malia olhou nos olhos de Esther, e por um breve momento, uma centelha de reconhecimento passou por seu olhar. Era como se, por um instante, ela estivesse atravessando a névoa que a envolvia.

— Eu sinto... eu sinto que conheço você — Malia disse lentamente, a confusão ainda presente, mas agora havia um vislumbre de esperança.

— Sim! — Esther disse, sentindo uma onda de alívio. — Nós temos muitas memórias, Malia. Estaremos juntas, não importa o que aconteça.

Mas a mãe de Malia, observando a cena, não podia permitir que isso continuasse e com o rosto severo diz.

— Malia, meu amor, você precisa descansar. Não pode ficar se esforçando assim — disse a mãe, o tom de autoridade ainda presente.

— Tia, por favor! — Esther implorou, virando-se para ela. — Ela precisa de nós! Não a leve embora!

A mãe de Malia hesitou, mas sua expressão era de determinação.

— Está decidido. Malia precisa de um novo começo, e isso não inclui vocês.

Os amigos de Malia, que acompanhavam a cena à distância, sentiram a frustração e a impotência crescer. Pedro e Bia trocaram olhares, sabendo que não podiam deixar isso acontecer.

— Mãe! — Malia chamou, a voz agora mais firme, sentindo a conexão com Esther e a necessidade de lutar pelo que ainda tinha. — Eu não quero ir!

— você tá cansada filha descansa, mamãe cuida das coisas — mãe de Malia põem a máscara de oxigênio em Malia a fazendo adormecer.

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