O tranco que o carro fez ao frear em frente a fachada colorida e atraente da lanchonete me fez guinchar assustado, virei meu pescoço com uma expressão que repreendia meu irmão.— Que bicho mordeu você, Itachi? Caralho. — Eu reclamei do banco do passageiro, sentindo os feromônios de eucalipto dele meio descontrolados, enquanto não perdi tempo em destravar o cinto de segurança que me protegia.
Itachi murmurou palavras inaudíveis antes de rodar a chave na ignição, fazendo a vibração sobre nossos corpos, provinda do motor estrondoso, cessar. O mais velho saltou para fora do veículo caro, esperando alguns segundos para seu caçula fazer o mesmo.
Precisamos atravessar a rua após o sinal de trânsito permitir, pois não havia nenhuma vaga disponível no estacionamento do local que o grupo de amigos da faculdade de Itachi tinha marcado de se encontrarem, longe de responsabilidades juvenis. Logo mais, nos afastamos do Nissan GT-R cinzento que nossos pais o presentearam.
A atmosfera na capital do Japão estava amena, os transeuntes caminhavam tranquilos àquela noite de céu completamente escuro, sem muitas nuvens e estrelas à vista.
Eu, sinceramente, preferia estar realizando uma programação diferente nesta sexta-feira primaveril, que envolveria inúmeros pacotes de salgadinhos calóricos, baldes de sorvete, cobertores quentes e filmes nostálgicos.
Mas é claro que minha mãe interrompeu meus planos com aquela dinâmica muito vista entre irmãos, a qual consistia em Itachi, sendo o mais velho, me levando para a maioria dos lugares em que ia. A senhora Mikoto, vulgo a matriarca dos Uchiha, não aceitava o fato de seu único filho ômega estar no auge da adolescência e ter a vida social mais parada que, em suas palavras, chuva no deserto do Saara.
— Sasu, tente ficar mais que cinco minutos sem fazer birra para ir embora, okay? — Itachi disse antes de abrir uma das portas de vidro fumê para seu irmão passar na frente, o que o outro fez durante o tempo em que revirava os olhos de tonalidade ônix.
— Eu não faço birra. — Retruco, cruzando os braços e caminhando ao lado do outro para o fundo da pizzaria, que cheirava a massas assadas e diversos temperos.
— Okay, mas só pra garantir... — O mais alto suspirou, acenando para cerca de cinco pessoas em volta de uma mesa alta, dispostas em sofás com estofados tingidos de tons vermelhos e amarelos. — O Naruto está a caminho.
Somente em escutar o nome melodioso dele, senti um aperto suave em meu peito esquerdo, e minhas bochechas arderam de constrangimento ao notar um risinho estupido ao meu lado... maldita conexão de irmãos que permitia o alfa idiota saber minhas emoções sem ao menos questionar-me.
Itachi me abraçou de lado pelo pescoço, me sacudindo e, antes que ele pudesse implicar pela centésima vez sobre aquilo, uma voz nos saudou.
— Vocês demoraram, tava dando a bunda e esqueceu dos seus queridos companheiros da advocacia? — Sasori, um alfa de cabelos vermelhos que tinha cheiro de vitamina de maçã, perguntou irônico, tamborilando os dedos na mesa.
O outro o ignorou ao praticamente se jogar em cima de Deidara, que estava na ponta do sofá à direita. O citado é um ômega muito estiloso e divertido, e tinha algo ainda não nomeado com meu irmão, porém todos tinham conhecimento sobre essa certa coisa entre eles.
Itachi deu um show ao beijar o loiro, sendo aplaudido e ovacionado pelos amigos em volta, atraindo olhares feios dos outros clientes. Fala sério, eu admito ser mal amado em determinados momentos, mas querer repreender jovens acalorados pelos hormônios é o cúmulo da maior evidência de frustração sexual que uma pessoa pode apresentar.
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Where Is My Mind?
FanficOnde Sasuke Uchiha, um ômega antissocial, precisa lidar com seus conflitos internos por estar perdidamente apaixonado pelo seu melhor amigo, Naruto Uzumaki, o qual é um ômega amável. Mas, de fato, seu amor é tão platônico quanto pensa? . . . Ps: Os...