AVISO/PRÓLOGO⚠️

8 3 0
                                    

Olá, caros leitores e amantes de Hazbin Hotel, terror psicológico, suspense e mais!

É com muita empolgação que compartilho com vocês a minha primeira fanfic do personagem Alastor, onde exploro uma versão alternativa de sua origem e versão humana.

*ALERTA/GATILHO:*
A narrativa a seguir é um terror/suspense psicológico que aborda temas como crime, psicopatia, assassinato, trauma, abuso psicológico e cenas gráficas de sangue. Se você tem alguma sensibilidade a algum desses temas, por favor, considere não iniciar a leitura.

No mais, espero que gostem!

*************************************
                    
                    
                    POV. ALASTOR
Ah, as festas da alta sociedade nos anos 30... Que maravilhas de decadência e hipocrisia! Era uma dessas noites, onde o céu, enegrecido pela fumaça das fábricas, contrastava com as luzes da cidade, que cintilavam como joias noturnas. Lá estava eu, convidado para mais uma dessas celebrações opulentas, onde os sorrisos eram tão reluzentes quanto as joias e as máscaras sociais tão espessas quanto a névoa que cobria as ruas lá fora.

Entrei no salão, impecavelmente vestido com um terno de cachemir, mas, como sempre, meu acessório principal era o sorriso excêntrico e indecifrável. Peguei uma taça de licor de um garçom que passava e levei-a aos lábios, degustando o líquido com a tranquilidade habitual. Enquanto o sabor doce e ardente deslizava pela minha garganta, meus olhos percorriam o salão, captando cada detalhe.

A mansão onde a festa ocorria era uma verdadeira obra de arte da aristocracia. Lustres de cristal pendiam do teto como cachos de diamantes, e os corredores eram forrados com tapetes persas tão espessos que amorteciam qualquer passo furtivo. Músicos impecavelmente vestidos tocavam jazz ao vivo, seus dedos dançando sobre as teclas e cordas, enquanto os convidados se movimentavam pelo salão, suas vozes misturando-se ao som como um murmúrio incessante.

A cada passo que dava, sentia os olhares voltados para mim, cheios de admiração e respeito. “Ah, é o Alastor!”, ouvi alguém sussurrar, seguido por risos contidos. Eu havia me tornado célebre para a alta sociedade, a voz que todos adoravam. Meu papel como apresentador de rádio era uma máscara perfeita, que me permitia navegar com facilidade pelos círculos da alta burguesia.

Os convidados se aproximavam, suas palavras carregadas de elogios vazios:

— É uma honra tê-lo aqui, Alastor!

diziam com sorrisos que não alcançavam os olhos. Hipocrisia pura, mas eu mantinha as aparências, como esperado. Eles eram todos atores em um teatro de conveniências, fingindo amizade e lealdade enquanto cada um afundava em sua própria ambição.

Enquanto sorria e cumprimentava um por um, sabia que aquela festa não era apenas uma celebração qualquer; era uma cortina de fumaça. Todos ali presentes conheciam os assassinatos misteriosos que vinham assolando a cidade, corpos aparecendo em becos escuros, vidas abruptamente ceifadas por mãos invisíveis. Mas aqui estavam, dançando e rindo, fingindo que nada disso importava. E isso, eu adorava: o poder de manipular um público tão disposto a acreditar na mentira quanto a viver a verdade.

Foi então que a vi, uma visão perfeita de poder disfarçada em elegância. Rosie estava de pé, imersa em conversas triviais, sua risada ecoando pelo salão como uma melodia para meus ouvidos. Ela usava um vestido vermelho brilhante, a longa fenda na perna esquerda revelando o contorno de uma pele alva que contrastava com o tecido escarlate—era como sangue na neve, terrivelmente atrativo. Seus loiros cabelos curtos estavam penteados de forma clássica, e seus grandes olhos azuis, vivos e cativantes, eram emoldurados por cílios longos. O batom carmesim destacava seus lábios em um cenário perfeitamente elegante.

Um sorriso se formou em meus lábios, discreto, mas carregado de intenções. Rosie era perfeita, uma visão de poder e beleza que poucos homens teriam coragem de desafiar. E, no entanto, era exatamente isso que a tornava a presa ideal.

Dei um passo em sua direção, movendo-me entre os convidados com a facilidade de quem conhece cada canto daquele salão. Rosie não me viu se aproximando até que eu estava bem ao seu lado, minha presença anunciada apenas pelo leve tilintar da taça em minha mão. Ela se virou para mim, e quando nossos olhares se encontraram, vi uma faísca de reconhecimento em seus olhos. Sua expressão, por um breve momento, foi de surpresa, logo substituída por uma emoção contida.

— Alastor! — ela exclamou com um sorriso deslumbrante, estendendo a mão para mim. Eu a segurei com delicadeza, levando-a aos lábios em um gesto cavalheiro, observando como ela mantinha os olhos fixos em mim, atenta às minhas intenções.

— Rosie, querida, você é a luz deste salão — pronunciei com um tom afetuoso, minhas palavras saindo suaves, mas carregadas de um significado oculto que ela podia apenas intuir.

— Oh, Alastor, galanteador como sempre! Que honra encontrá-lo novamente — ela respondeu, com uma leve inclinação de cabeça. O sorriso dela se ampliou, mas havia algo em seu olhar, um brilho de desafio, como se quisesse testar até onde poderia ir com essa conversa.

— E como poderia resistir à companhia de alguém tão... radiante? — disse, inclinando-me ligeiramente mais perto, com a provocação velada em cada palavra, ocultando o brilho de algo mais profundo e tentador.

— Senhorita Rosie — comecei, minha voz baixa e aveludada, enquanto me aproximava mais, sentindo o leve aroma de seu perfume — me concederia a honra desta dança?

Ela sorriu, um sorriso que transbordava confiança e charme.

— Como poderia recusar, Sr. Alastor? Mas antes, um brinde ao mais novo e célebre apresentador de rádio da cidade! — exclamou, erguendo a taça. Brindamos suas palavras, e logo deixamos as taças vazias em uma bandeja próxima antes de iniciarmos a primeira dança.

À medida que dançávamos, ela riu, um som familiar e cativante, mas que escondia um brilho de interesse e astúcia. Rosie era despretensiosa, mas seus olhos continuavam a me estudar, a procurar brechas nas minhas intenções.

Ela não sabia, mas acabara de brindar ao começo de seu próprio fim.

E o melhor de tudo? Ela jamais suspeitaria até que fosse tarde demais.

Ascensão do Mal - Demônio do Rádio Onde histórias criam vida. Descubra agora