Você toda exagerada, eu meio Rita Lee | Diama

Fugitivas

As ondas suaves refletindo a luz da lua. O céu está estrelado, e o som do oceano cria uma melodia calmante. Em um resort isolado em uma ilha paradisíaca, duas conhecidas se encontram por acaso.

Elas estão passeando pela praia, cada um perdido em seus próprios pensamentos. Quando seus caminhos se cruzam, há uma surpresa agradável e uma conexão imediata. Talvez seja o som do mar ou a magia da noite, mas algo os aproxima, Elas eram fugitivas da sua própria melancolia .

A ilha é um paraíso escondido no meio do oceano, acessível apenas por barco ou hidroavião. Rodeada por águas cristalinas que refletem tons de azul e verde, ela é um refúgio de tranquilidade e beleza natural. A vegetação é exuberante, com palmeiras altas, flores tropicais coloridas e trilhas que serpenteiam pela floresta densa, levando a praias de areia branca e desertas. Há pequenos cantos secretos, como uma cachoeira escondida, piscinas naturais, e mirantes com vistas deslumbrantes do mar infinito.

As duas amigas chegaram ao resort buscando descanso, mas acabaram encontrando algo mais. A relação entre elas é profunda e antiga, marcada por anos de confidências, risos e apoio mútuo. Elas se conhecem tão bem que muitas vezes não precisam de palavras para se entender. No entanto, escondido sob a superfície dessa amizade sólida, há um sentimento mais profundo que ambas evitam reconhecer.

Enquanto exploram a ilha juntas, esses sentimentos começam a emergir, alimentados pela atmosfera íntima e isolada do lugar. Caminhando lado a lado na praia, seus ombros se tocam casualmente, mas a eletricidade do contato é inegável. Ao admirar o pôr do sol juntas, o silêncio entre elas não é de conforto, mas de tensão, carregado com o que não é dito.

Elas se encontram em momentos de proximidade que antes eram naturais, mas que agora despertam uma consciência aguda do outro. Talvez seja o jeito como uma observa a outra com mais atenção, ou como os olhares duram mais tempo do que deveriam. A ilha, com sua beleza selvagem e isolada, cria o ambiente perfeito para que esses sentimentos se intensifiquem, desafiando-as a confrontar o que sempre esteve ali, escondido sob a fachada de amizade.

- Você nao precisa conviver com essas manchas no seu corpo Fatima - Diz Diana com certa certeza e dor no olhar.

- Manchas? - Fátima olha surpresa

- Eu sei que ele te bate, suas costas, você tirou sua camisa na água e...

- Por favor, não vamos falar disso, ele...ele nao faz por mal. - Ela abaixa o tom de voz e sua cabeça

- Como não?

- Confia em mim Diana.

- Eu confio, por você eu me arrisco - Coloca uma mão entre sua nuca e seus cabelos, como um gesto de que eu sempre estarei com você. - Tirar um sorriso da Fatima era prazeroso pra ela.

Por mais um tempo seus pés se encostavam na areia, um silencio é quebrado.

- Aceita vinho? - Diana estava com uma garrafa na mão, comprada no resort da ilha.

- Nunca provei esse Sabor 

- Quer provar?

- Muito.

Mais tarde:

Pé na areia, fé e Caminhando pela praia sob a luz suave da lua, elas riam e brincavam, um alívio das preocupações do dia. O chão de areia fina parecia acolhedor, quase convidativo. Mas, em um instante, uma delas tropeça em uma pequena elevação na areia, por conta da bebida, perdendo o equilíbrio. Sem tempo para reagir, ela cai, e ao tentar se segurar, acaba puxando a outra com ela.