Existem alguns tipos de amor que extrapolam as barreiras sanguíneas e se unem por uma ligação para além da explicação científica ou racional. Estes certos sentimentos são intensos e leva duas almas a se conectarem de uma maneira que ninguém é capaz...
Demorei para me acostumar com o brilho presente em meu quarto, devo ter me esquecido de fechar a cortina ontem e suspirei frustrada, escondendo os olhos com as minhas mãos.
Aquela amanhã estava um pouco mais quente que o normal. Peguei meu celular e descobri ser 8h42, logo Bora unnie chegaria, então teria de me aprontar. Observei que a temperatura ainda era bem baixa, então estranhei.
Ao tentar me levantar um pequeno peso no meu peito me impediu, então as memórias da última noite voltaram até mim.
Não foi um sonho.
A pequena garotinha dormia serena agarrada com a manta do Capitão América e em meu moletom. Seu peito subia e descia calmamente, e ela estava com um fofo biquinho em seus lábios. A cena era tão fofa que aproveitei para tirar uma foto.
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Com cuidado consegui sair de seu abraço e me sentei na cama. Verifiquei se a pequena que ainda dormia, sorri ao observá-la de perto, ela era tão linda. Assim que levantei, me alonguei e pude ouvir quase todos os ossos de meu corpo estralando.
Nota mental: preciso me exercitar mais.
Sai do quarto, deixando a porta aberta, para poder ouvir Gahyeon caso ela acordasse chorando ou chamasse meu nome.
Fui ao banheiro e realizei minhas higienes matinais e aproveitei para tomar um banho e refletir sobre como prosseguiria com o dia de hoje.
Caminhei até minha cozinha a fim preparar algo para comer, já que assim que Bora chegasse deixaria para ela fazer o café. O café dela era o melhor de todos sem dúvida.
A manhã estava ensolarada e eu me senti um pouco animada para aquele dia, ainda que segundos seguintes tenham sido tomados por uma onda de pensamentos que me deixaram apreensiva. Talvez eu estivesse muito ansiosa.
O que eu iria fazer com uma criança machucada? Eu deveria ter chamado a polícia... Não eles nunca resolvem nada. O que será que Bora ira dizer?
A fim de me distrair, fui colocar uns ovos para cozinhar e esquentar um pouco de arroz. O pão tinha acabado, então apenas aprontei aquilo.
Aproveitei o sol e abri um pouco as janelas da sala, o vento ainda era congelante, mas os raios de sol respondiam na mesma intensidade em uma bela batalha climática. Eu sorri pelo clima agradável.
Passaram se uns 30 minutos e fui checar Gahyeon que ainda dormia. Evitaria de acordá-la no momento. Não sabia quanto tempo ela estava abandonada e como estava bem cansada ontem, assumi que seria melhor a deixar ali.
Quando terminei de preparar o arroz e os ovos e pude ouvir o leve barulho da senha sendo digitada, anunciando a chegada de Bora. Ela costumava entrar silenciosamente pois nunca sabia se eu estava acordada ou não, mentalmente eu agradeci por isso.
