one: risk

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Annastácia•∆

Desço as escadas correndo e atravesso a porta aberta. Dou de cara com o jardim cheio de flores já abertas. Ontem elas estavam fechadas, hoje, estão lindas e perfeita para o meu dia especial.

Daqui a três semanas, vou me casar com Josep. Estou tão ansiosa. Plantei essas flores a um mês e todos os dias, quando acordava, corria para ver se já tinham se aberto.

As flores que vou usar no meu casamento serão lírios branco e rosa e rosas das mesmas cores.

Hoje é um dia tão importante. Minhas belas florezinhas se abriram lindamente, vou sair em busca de uma costureira que aceite fazer o meu vestido de casamento, o qual eu mesmo desenhei. Meus parentes chegarão em algumas horas para essa data tão marcante, minha carruagem para ir à lua de mel depois do casamento ficará pronta hoje também. Isso me deixa tão feliz.

Seguro meu vestido e corro escada a cima, de volta para meu quarto. Meu sorriso se aumenta ainda mais, percebendo que hoje todas as coisas ficarão prontas e maravilhosas para o evento daqui três semanas. Por mim eu me casaria hoje.

Subo na cama e começo a pular descontroladamente. Estou tão animada que sairia por aí brincando com as crianças. Talvez eu faça isso depois de pular. Salto diversas vezes bagunçando mais e mais a cama. Depois eu arrumo.

A sombra de mamãe aparece na porta.

— Annastácia, damas não pulam na cama — repreendeu, contendo um sorriso.

Parei de pular e me sentei na ponta da cama, agora completamente bagunçada e com os cobertores e um dos travesseiros no chão.

— Sim, mamãe — ofeguei.

Ela bufa uma risada e seu vira, segurando seu longo vestido. Mamãe é definitivamente a rainha mais linda que eu já vi. Não digo isso por ela ser a única rainha que já pude ver, mas sim porque ela é realmente a mais bela das belas. E o melhor? Seu nome é literalmente Bela, ela com certeza faz jus ao nome.

Deito a cabeça para trás, batendo as costas na cama, deitando. Sorrio para o teto e sinto como se fosse retribuído. Estou tão alegre, está tão difícil parar de sorrir.

Me levanto em um pulo e vou para o banheiro. Retiro meu vestido lilás de dormir e entro na banheira de mármore marrom e ligo a torneira. Enquanto se enchia de água morna, peguei minha escova de cabelo e soltei o mesmo, que estava preso em um rabo de cavalo.

Fechei a torneira antes da banheira se encher por completo, para não transbordar quando eu me mexer. Passo o pente em minha mão no meu cabelo que agora está molhado.

Termino de pentear e deixo a escova de volta na mesinha ao lado e pego o sabonete na tigela de madeira. Passo em meu corpo. Tiro a espuma dele com a água que peguei, fazendo concha com a mão. Terminei de tirar tudo do corpo e saí da banheira.

Peguei a toalha preta, feita com a lã de uma ovelha negra. Ovelhas de pelo escuro são raras, por isso quando as usam para fazer tecidos, deixam por um preço alto de Eiders.

Me enrolo nela e saio do banheiro. Volto ao meu quarto, indo diretamente ao grande armário com meus vestidos. Passo minhas mãos por eles, pensando em qual devo usar.  Quero estar bonita nesta procura a uma costureira.

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